
As circunstâncias que envolvem o assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT) ainda não foram elucidadas por completo. Uma mulher apontada como mandante e o autor confesso do crime, ocorrido no dia 17 de junho, em Formigueiro, estão presos, mas a Polícia Civil ainda busca identificar outros possíveis envolvidos no crime. Também serão apuradas as movimentações financeiras da parlamentar.
De acordo com a Polícia Civil, a vereadora seria “tesoureira” de uma facção com origem na Vila Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, mas que também criou ramificações na Região Central do Estado. A atuação de Elisane no grupo criminoso foi revelada pelo próprio filho dela, em interrogatório.
As diligências que sucederam o homicídio resultaram na apreensão de R$ 500 mil, divididos em duas contas bancárias da vereadora. Ainda não está claro como a vereadora conseguiu acumular a quantia, nem para quais fins esses valores seriam destinados.
“A quantia acumulada é incompatível com o padrão de vida que Elisane tinha. Nem mesmo a família dela tinha conhecimento que havia duas contas bancárias. Queremos entender como realmente era a função que ela desempenhava no grupo criminoso e a maneira com que movimentava valores”, avaliou o delegado regional Sandro Meinerz.
Outra questão ainda nebulosa é a motivação do crime. Ainda em junho, três dias após os fatos, um jovem de 18 anos foi preso e admitiu ter assassinado a vereadora a golpes de faca. O ato, segundo o preso, seria uma retaliação ao filho de Elisane, igualmente envolvido com o crime organizado, mas a suspeita é que a gerência das finanças da quadrilha também tenham relação com o fato. A investigação prossegue para identificar outros envolvidos, inclusive mandantes.