
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira uma operação contra uma quadrilha que planejava um atentado contra um desembargador. Segundo os investigadores, o grupo já tinha foto da casa e sabia detalhes do servidor.
A ofensiva, chamada de Sentinela, inicialmente buscava combater a organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico do drogas em Novo Hamburgo, acabou sendo “acelerada” diante da descoberta do possível atentado. Conversas telefônicas foram interceptadas e revelaram o plano para tirar a vida do desembargador.
A quadrilha, que atua no Vale do Sinos, teria movimentado R$ 3 milhões e lavava o dinheiro do tráfico com o auxílio de laranjas e na compra de carros de luxo.
Setenta policiais cumpriram 29 medidas cautelares, sendo sete bloqueios de contas bancárias e sete veículos com ordem de indisponibilidade e/ou mandados de busca e apreensão.
Modus Operandi do grupo criminoso
Durante as investigações, foi verificado que a organização praticava a lavagem de capitais no sistema financeiro, bem como inserção de ativos ilícitos na economia formal através da compra de veículos e colocação no sistema financeiro.
As movimentações no sistema bancário eram mediante dissimulações estruturadas, pulverizações, “smurfings”, fracionamentos, triangulações, uso de contas de terceiros e contas de passagem, bem como uso de pessoas jurídicas.
Alvos da operação
Nesta operação, os alvos são os gerentes da organização criminosa, que possui sede no Vale dos Sinos. Os suspeitos possuem ligações com líderes estaduais, já presos pela DRLD/Denarc em 2019, no âmbito da Operação Borgata, quando foram sequestrados mais de R$ 10 milhões. Em 2019, imóveis e carros de luxo foram encontrados e indisponibilizados no Rio Grande do Sul e no estado de Santa Catarina.
Os suspeitos estão sendo investigados por lavagem de dinheiro, organização criminosa e coação no curso do processo.