
A Polícia Civil indiciou o advogado e professor de Direito, Conrado Paulino da Rosa, por suspeita de cometer uma série de crimes sexuais, corporais e psicológicos no Rio Grande do Sul. Conforme a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o inquérito aponta que os crimes teriam ocorrido 24 vezes, entre 2013 e 2025.
O professor, que atuava na graduação e no mestrado da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), em Porto Alegre, foi desligado da instituição após a abertura da investigação. Ele chegou a ser preso temporariamente em outubro, mas teve a prisão revogada pela Justiça. Desde então, o suspeito é monitorado por tornozeleira eletrônica.
A investigação, conduzida ao longo de três meses, ouviu 18 vítimas, além de 16 testemunhas. Uma 19ª vítima preferiu não prestar depoimento. O inquérito também reúne exames periciais, análises de aparelhos eletrônicos e documentos apreendidos no imóvel do suspeito, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, durante operação policial deflagrada no início de outubro.
Em nota, a Polícia Civil informou que o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e que, a partir de agora, as próximas etapas cabem ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e ao Judiciário, conforme suas atribuições. A corporação destacou que o procedimento segue em “sigilo extremo”, razão pela qual detalhes adicionais não serão divulgados.
“A Polícia Civil reforça o seu compromisso com a justiça, proteção integral das vítimas e preservação dos direitos constitucionais do suspeito”, diz o comunicado oficial.
A defesa do investigado foi procurada pela reportagem, mas ainda não havia retornado até o fechamento desta matéria.
Fonte: Correio do Povo