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A Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais da Polícia Civil deflagrou a Operação Abuso de Confiança, que apura crimes de estelionato contra um escritório de advocacia em Porto Alegre. Nesta quarta-feira, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em dois endereços em Canoas, na Região Metropolitana, com o objetivo de coletar provas relacionadas aos desvios financeiros orquestrados pelos suspeitos. O prejuízo das vítimas estimado em R$ 334 mil.
A investigação começou após uma denúncia no dia 22 de maio, que foi feita por um representante legal do escritório. Ele havia identificado irregularidades através de notificações da Receita Federal e de uma auditoria interna.
De acordo com o delegado Eibert Moreira Neto, diretor do Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos, as suspeitas recaem sobre uma funcionária e um comparsa dela, dono da conta para qual os valores foram repassados. A mulher, responsável por operações financeiras do escritório, teria notificado dados bancários falsos de um suposto cliente para um dos sócios do empreendimento, que acabou autorizando dez transferências via Pix. Ocorre que, entre outubro de 2024 e janeiro deste ano, mais de R$ 330 mil foram repassados para a conta do outro suspeito.
“Inicialmente, acreditamos que a colaboradora responsável pela programação bancária de pagamentos a fornecedores havia sido ludibriada por WhatsApp a realizar os pagamentos. Isso porque golpes do tipo já são conhecidos pelos investigadores. Ao avançar das investigações, entretanto, constatamos que ela havia inserido dados falsos de maneira deliberada”, afirmou o delegado Eibert Moreira.
Para encobrir os desvios, ainda segundo a investigação, a mulher se valeu da geração de notas fiscais frias e que mais tarde eram canceladas. O objetivo era concluir o processo gerador dos pagamentos, evitando que os sócios do escritório desconfiassem do esquema.
Fonte: Correio do Povo