
Em meio à sessão ordinária desta segunda-feira, a vereadora Comandante Nádia (PL) conduziu o balanço do 1° semestre de sua gestão como presidente da Câmara de Porto Alegre. Frente a isso, a oposição trouxe as suas contestações para a representante. Dentre outros temas, os vereadores disseram que a atual administração promove uma condução autoritária da casa legislativa.
A denúncia se centrou em dois eixos: a distribuição desigual dos assessores de plenário e supostas perseguições políticas a servidores públicos.
Atualmente, o colegiado conta com 36 assistentes autorizados a acompanhar os vereadores durante as sessões ordinárias. Contudo, apesar do número elevado (que é superior a quantidade de parlamentares), nem todos têm um profissional a sua disposição.
“É uma forma de fazer com que os vereadores tenham condições desiguais”, acusou Roberto Robaina (PSol). Para o parlamentar, trata-se de um ato antidemocrático. “É o descumprimento de um acordo que foi votado entre os parlamentares”, apontou.
Ele ainda foi além: “a gestão autoritária também é expressa no tratamento com os servidores da Câmara”. De acordo com Robaina, Nádia tem aberto inquéritos sobre a conduta dos funcionários para coagi-los.
“Incumbência da Presidência”, reage Nádia
Nádia assumiu a primeira imputação. De acordo com ela, “a designação dos assessores de plenário é uma incumbência da Presidência”. Quanto às supostas perseguições, a presidente negou, porém não entrou em detalhes.
Nos bastidores, circulam informações que corroboram com as supostas denúncias da oposição.
Fonte: Rodrigo Stolzmann / Correio do Povo
*supervisão Mauren Xavier