
Idealizada pela Prefeitura, a nova planta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Porto Alegre deve ser votada nesta quarta-feira. O texto retorna para a pauta da Câmara Municipal após ser adiado em função de racha entre os aliados. Parte da base governista de Sebastião Melo (MDB) discorda da matéria. A tensão foi elevada ao ponto de colocar a aprovação do texto em xeque. Se rejeitada, a proposta pode marcar a primeira derrota legislativa de Melo desde que assumiu o Executivo.
Atritos entre os aliados
A iniciativa suscitou críticas de alguns aliados. O bloco partidário “À Direita” – composto por PL, PP, Novo e Cidadania – anunciou que votará contra a proposta. O grupo é composto por 10 parlamentares que integram a base de Melo na Câmara de Porto Alegre. Em nota, os vereadores criticaram suposta elevação da carga tributária e reivindicaram maior transparência por parte da Prefeitura. “Não foram apresentados os imóveis impactados nem os valores que os cidadãos passarão a pagar”. Na mesma linha, Márcio Bins Ely (PDT), representante dos corretores de imóveis da cidade, também manifestou seu descontentamento e negou apoio ao texto.
Entenda a proposta
- A matéria altera os critérios utilizados para calcular o IPTU dos imóveis da Capital.
- Na prática, o texto eleva o imposto pago por cerca de 46 mil imóveis (5% da cidade) e reduz para 174 mil (20%).
- De acordo com a Prefeitura, aproximadamente 95% dos imóveis terão redução ou não sofrerão impacto relevante no valor cobrado
Fonte: Rodrigo Stolzmann/Correio do Povo