
As atividades de ensino foram retomadas nesta segunda-feira em Estação, no Norte gaúcho, quase uma semana após o ataque a faca que deixou um aluno morto e outras quatro pessoas feridas. Do total de cinco escolas, quatro, sendo três estaduais e uma municipal, voltaram a receber estudantes. Não há previsão de reabertura da Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, onde ocorreu o atentado.
De acordo com a Brigada Militar, a volta às aulas ocorre em sintonia com um novo protocolo de segurança no município. As medidas em vigor incluem: presença de policiamento nas escolas, reforço de ações ostensivas e treinamento emergencial dos servidores.
O comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Norte, coronel Carlos Alberto Cardoso de Aguiar Júnior, um mínimo de dois policiais ficará de guarda em tempo integral no perímetro escolar. A iniciativa contará com equipes do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência).
“A ideia é manter no mínimo dois PMs por escola, e deixá-los de serviço ao longo do dia. Esses policiais serão todos do Proerd, ou seja, estão preparados e qualificados para dar carinho às crianças. Reunimos os instrutores do programa em toda a região Norte e os realocamos provisoriamente a Estação”, explicou o comandante do CRPO Norte.
Ainda segundo o oficial, parte do efetivo do 3° Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) também está no município e vai ampliar o patrulhamento de áreas externas. Outra medida será a realização de aulas com técnicas de autodefesa aos professores, ministras por integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
“Convocamos policiais do Batalhão de Choque, sediado em Passo Fundo, para prestar apoio externo. Além disso, também teremos equipes do Bope, de Porto Alegre, incumbidas por treinar professores e outros funcionários”, pontuou o coronel Aguiar.
Em nota, a prefeitura de Estação destaca ter instalado interfones e botões de pânico nas escolas. O comunicado também informa que a entrada dos alunos será controlada por agendamento e identificação, além de alertar os pais sobre a exposição dos filhos.
“Pedimos cuidado com a exposição das crianças em redes sociais ou com a imprensa. Esse tipo de divulgação pode gerar mais sofrimento e insegurança. Entendemos a dor e a comoção gerada pelo ocorrido, e reafirmamos que a apuração dos fatos está sendo feita com seriedade pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça do RS, que são os órgãos responsáveis por investigar, julgar e garantir a responsabilização de quem cometeu o ato”, diz o texto do Executivo Municipal de Estação.