
O Pix Automático registrou 29 mil operações em dois meses de funcionamento. A modalidade de pagamento, que entrou em vigor em 16 de junho, permite agendar contas recorrentes, como de energia, telefone, escolas, academias, condomínios, assinaturas, seguros, entre outras, que podem variar de valor de um mês para o outro. Os dados são do painel sobre o meio de pagamento do Banco Central.
A medida faz parte de um pacote de novas funções do meio de pagamento instantâneo. Até o final de setembro, o Banco Central vai regulamentar o Pix Parcelado, que permitirá a tomada de crédito e o parcelamento. Além disso, uma nova solução vai permitir a contestação de transações Pix diretamente por meio do aplicativo dos bancos. A partir de 1º de outubro, uma nova funcionalidade vai acelerar a contestação de transferências.
Os aplicativos dos bancos terão um dispositivo para o correntista fazer o registro sem precisar entrar em contato com a instituição.
Como funciona o Pix Automático
O valor das cobranças pode ser fixo ou variar de mês para mês. Tudo é feito pelo aplicativo do banco. A empresa, que pode ser concessionária de energia, academia, escola ou serviço de streaming, envia solicitação ao cliente pelo aplicativo do banco.
O cliente recebe a solicitação pelo aplicativo do banco, define as regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito, e autoriza o Pix Automático. Depois disso, os pagamentos serão realizados automaticamente nas datas programadas.
Pix Parcelado
- Nova funcionalidade do Pix, que será lançada para a população e para os lojistas no fim de setembro.
- Será possível a tomada de crédito pelo usuário pagador para permitir o parcelamento de uma transação Pix. Quem estiver recebendo terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando poderá parcelá-lo.
- O Pix Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação Pix, inclusive para transferências.
Sistema de devolução
- Autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED) deve ser disponibilizado pelos bancos a partir de 1º de outubro.
- Aplicável somente para fraudes, golpes e crimes, é uma nova solução que permite a contestação de transações Pix diretamente por meio do aplicativo dos bancos.
- Essa medida não pode ser usada para desacordos comerciais, casos envolvendo terceiros de boa-fé e envio de Pix para a pessoa errada por erro do próprio usuário pagador (como erro de digitação de uma chave).
Pix em garantia
- Ainda em desenvolvimento pelo BC, é esperado que esteja disponível somente em 2026.
- Vai permitir que os recebíveis futuros de Pix sejam usados como garantia em operações de crédito.
- Medida é voltada para estabelecimentos comerciais e empresas – não trazendo nenhuma mudança na forma como as pessoas físicas utilizam o Pix.
- O objetivo é baratear o crédito ofertado para as empresas, principalmente para aquelas cujo uso do Pix é mais relevante.
As medidas que já entraram em vigor neste ano:
Boleto com QR Code
- Desde fevereiro de 2025.
- Contas e cobranças podem ser pagas por meio do Pix, com um QR Code específico, inserido no próprio boleto.
Pix por aproximação
- Desde 28 de fevereiro.
- O cliente aproxima seu celular do dispositivo do recebedor (a “maquininha”) para que a transação possa ser realizada via Pix, de forma semelhante ao que já ocorre com os cartões de pagamento, usando a tecnologia NFC (Near Field Communication).
- O Pix por aproximação pode ser feito por meio de uma carteira digital ou pelo aplicativo da instituição de relacionamento do cliente.
Pix Automático
- Começou a funcionar em 16 de junho de 2025.
- É semelhante ao débito automático.
- O Pix automático pode ser usado para fazer pagamentos, como contas de água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de saúde etc.
- A pessoa só precisa dar autorização prévia para o início das cobranças. Depois, os débitos serão feitos automaticamente.
Agenda futura do Pix
- Ferramenta para consulta de transações liquidadas no SPI (Sistema de Pagamento Instantâneo)
- Plataforma Centralizada (Cobrança Centralizada de Pix Cobrança Contratos Inteligentes; Duplicata no Pix)
- Pix Internacional
- API de Pagamentos (sistema de comunicação entre instituições financeiras e sites de vendas)
- Novas formas de iniciação do Pix (NFC; Bluetooth; RFID; Reconhecimento facial)
- Regras para split de pagamentos (separação dos pagamentos, de forma automatizada)
Histórico
O Pix já é o meio de pagamento mais utilizado entre os brasileiros. Lançado oficialmente em novembro de 2020, o serviço de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central é usado por 76,4% da população.
Em seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, publicada pelo BC.
(*) com R7