
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 4,5% no terceiro trimestre de 2025 em relação aos três meses imediatamente anteriores, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da variação registrada pela economia brasileira no mesmo período, que foi de 0,1%. Entre os setores, o principal destaque foi a agropecuária, com expansão de 20,5%, seguida pela indústria, que avançou 2,3%. O setor de serviços apresentou variação de 0,1% no trimestre.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30/12, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e contou com a participação da Diretora Geral em exercício da SPGG, Iracema Castelo Branco, da Subsecretária de Planejamento, Carolina Scarparom, do Diretor Adjunto do DEE, Pedro Zuanazzi, e dos pesquisadores do DEE Martinho Lazzari, César Conceição e Vinícius Fantinel, responsáveis pelo trabalho.
Agropecuária e indústria impulsionam o crescimento
No recorte trimestral, a agropecuária registrou alta de 20,5% no Rio Grande do Sul, frente a 0,4% no Brasil. A indústria cresceu 2,3%, superando o resultado nacional de 0,8%, enquanto os serviços apresentaram variação de 0,1%, em linha com o desempenho brasileiro.
Dentro da indústria, houve crescimento na indústria de transformação (1,5%), nas atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (10,2%) e na construção (0,4%). A indústria extrativa registrou retração de 1,3% no período.
O pequeno avanço de 0,1% nos serviços se deu em função das taxas positivas registradas nas atividades imobiliárias (0,5%), em outros serviços (0,4%) e na administração, educação e saúde públicas (0,1%). As demais atividades apresentaram recuos no período.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 2,5%, enquanto o PIB do Brasil avançou 1,8%, mantendo o desempenho estadual acima da média nacional também na base interanual.
Desempenho setorial na comparação anual
Na base interanual, a indústria gaúcha cresceu 3,7%, com variação positiva em todas as suas atividades. Na indústria de transformação (4,2%), destacaram-se os aumentos na fabricação de produtos do fumo (45,3%), máquinas e equipamentos (13,1%), produtos alimentícios (8,7%), celulose, papel e produtos de papel (12,9%) e bebidas (12,9%).
Os serviços avançaram 0,7% na comparação anual, com crescimento em outros serviços (1,8%), atividades imobiliárias (1,7%), intermediação financeira e seguros (0,8%), transportes, armazenagem e correio (0,8%) e administração, educação e saúde públicas (0,1%). Em contraste, houve recuo nos serviços de informação (-1,6%) e no comércio (-0,4%). Dentro desta atividade, as quedas de maior impacto na taxa total ocorreram nas vendas de veículos (-15,1%, de material de construção (-8,9%) e de móveis e eletrodomésticos (-11,9%). Por outro lado, hipermercados e supermercados (2,3%), combustíveis e lubrificantes (3,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,4%) apresentaram crescimento.
Indicadores acumulados
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou alta de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse intervalo, indústria e serviços cresceram 2,0% cada, enquanto a agropecuária registrou retração de 10,8%, impactada pela estiagem que atingiu principalmente o segundo trimestre. No Brasil, o PIB acumulado avançou 2,4% no período.
No acumulado em quatro trimestres, o PIB gaúcho registrou crescimento de 1,5%, com alta de 1,7% na indústria, de 2,6% nos serviços e redução de 7,4% na agropecuária.
Fonte: Rádio Guaíba