
Petroleiros da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, seguem o movimento paredista nesta quarta-feira com mobilização e vigília em frente aos portões da empresa desde o início da manhã. A diretora de Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Novas Tecnologias do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RS (Sindipetro-RS), Nalva Faleiro, reiterou que as mobilizações da categoria são sempre pacíficas e garantiu que especificamente nesta pauta o movimento ganhou alta adesão dos trabalhadores. “São apenas profissionais dos terminais aderiram à greve, mas também das plataformas e dos prédios administrativos.”
Segundo ela, as reivindicações são pela distribuição da riqueza mais justa, pois o que se vê na prática é o corte de gastos em cima dos trabalhadores. “Lutamos por um Acordo Coletivo mais justo, digno e forte; pelo fim dos planos de equacionamento da previdência que traz impactos negativos para os aposentados e pensionistas. Além disso, também trabalhamos pela pauta de um Brasil mais soberano, com a retomada dos ativos que foram entregues pelo governo anterior, com investimentos em transição energética e garantias aos trabalhadores, com diálogo junto às comunidades impactadas.”
Conforme Nalva, até que haja uma convocação para que sejam retomadas as negociações e se avance nas pautas reivindicatórias, segue a greve por tempo indeterminado.
Greve não impactou na produção
Desde segunda-feira, a Petrobras registrou manifestações em suas unidades em função do atual movimento de greve. As equipes de contingência da companhia foram mobilizadas onde foi necessário. Até o momento, não houve impacto na produção e o abastecimento ao mercado segue garantido, sem alterações. A companhia respeita o direito de manifestação dos empregados e se mantém aberta ao diálogo com as entidades sindicais. As equipes de contingência da Petrobras estão preparadas e mobilizadas para continuar atuando na manutenção das operações, sem prejuízos na produção e no abastecimento ao mercado.
Fonte: Fernanda Bassôa / Correio do Povo