Colorado mostra progresso e reconhece os pontos que ainda precisam de correção

O Inter vem de duas vitórias consecutivas. Isso precisa ficar muito claro. O time evoluiu de um jogo para o outro e, diante do Ceará, fez um primeiro tempo muito bom. Esse alívio trazido na tabela permitirá ao técnico Roger Machado uma atenção (devida) às copas. Para chegar melhor nesses confrontos, ele sabe onde ainda carece de ajustes — sejam táticos ou de elenco. O que é normal para um clube que não tem muito para gastar.
Enquanto teve gás, o Colorado conseguiu acertar muito bem o que tem sido uma de suas maiores dificuldades: a transição ofensiva. Senão iniciando, sempre passando pelos pés do maestro Alan Patrick. Querendo o jogo, o camisa 10 acelerou as jogadas nos momentos cruciais para pegar a defesa do bem treinado Ceará desajustada. Assim, saíram boas chances de gol com Borré, Bruno Henrique e Aguirre — este último acertando o travessão. Sempre da esquerda para a direita, com passe rápido e longo até a finalização.
O gol sai de uma roubada de bola rápida, deslocamento de Borré para o lado direito da área, maravilhoso corte no defensor do Vozão e tranquilidade para, de perna esquerda, encontrar Alan Patrick com muita consciência. A partir do passe, já se sabia que seria gol. Ali o capitão não desperdiça. Bom desempenho e placar a favor.
Na segunda etapa, os problemas. Com um Thiago Maia sobrecarregado e um Bruno Henrique dando pouca intensidade, principalmente após os 60 minutos de jogo. E todos sabem disso, tanto que Luis Otávio teve que entrar com a vontade de um guri para segurar a pequena pressão que o Ceará quis exercer. Tanto que o departamento já contratou o volante Richard e tenta o uruguaio Alan Rodríguez.
Toda equipe tem problemas, mesmo aquelas com qualidade e bom trabalho realizado. Nunca é um só, e normalmente esbarra em questões econômicas. O Inter sabe disso — e tem capacidade para solucioná-los.