Quase 1 milhão de novos CNPJs foram criados no Brasil, entre abril de 2024 e abril de 2025, sendo a maioria formada por Microempresas (MEs), em detrimento dos Microempreendedores Individuais (MEIs). A conclusão é do estudo IPC Maps 2025, especializado há mais de 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em fontes oficiais. Desacelerado, esse resultado no perfil empresarial deve-se à maior oferta de empregos observada no período. No Rio Grande do Sul foram pouco mais de 19 mil em igual período, sendo os segmentos de comércio (-4,9%) e indústria (-1,3%) as duas únicas quedas na criação de novos negócios.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, “enquanto 478 mil MEs foram abertas, a quantidade de MEIs praticamente se manteve”. Apesar da neutralidade aparente, os Microempreendedores Individuais (MEIs) ainda são maioria, representando quase 59% (14,7 milhões) das companhias, sendo responsáveis pelo registro de 6,3 mil novos CNPJs no período. No Rio Grande do Sul houve um recuo de -3,1% entre as MEIs mas alta entre as demais categorias.
Dentre as unidades ativas em geral, 14,7 milhões referem-se a atividades relacionadas a Serviços; seguida por Comércio, com 5,6 milhões; Indústrias, 3,9 milhões; e Agribusiness, abrangendo quase 869 mil estabelecimentos. Já em relação apenas às MEs, a alta foi superior a 10%, totalizando atualmente 3,1 milhões de estabelecimentos de Serviços, 1,5 milhão em Comércio; 662.387 para Indústrias; e 41.968 microempresas de Agro.
Outro destaque do estudo refere-se à ascensão de 4,6% — acima dos 4,2% da média nacional — no número de empresas ativas nas capitais e regiões metropolitanas, contra um acréscimo de 3,8% nas cidades do interior. “O aumento das vagas de empregos com carteira assinada vem impactando diretamente as cidades interioranas que, por isso, apresentaram um crescimento menor na quantidade de empresas este ano”, justifica Pazzini.
Em relação à distribuição de estabelecimentos no âmbito nacional, a Região Sudeste segue na liderança, concentrando 51,6% das corporações. Na sequência, estão o Sul, com 18,9%, Nordeste com 16,1% dos negócios, Centro-Oeste com 8,7% e o Norte com apenas 4,6% das organizações existentes no País
Partindo para a análise quantitativa para cada mil habitantes, o IPC Maps aponta para a vantagem das Regiões Sul e Sudeste com, respectivamente, 150,75 e 145,16 empresas por mil habitantes, além da Centro-Oeste, com 126,36. Já, em queda e bem abaixo da média, estão as regiões Nordeste, com 70,32, e Norte, com apenas 61,71 empresas/mil habitantes.