O número de domicílios alugados passou de 12,3 milhões, em 2016, para 17,8 milhões de domicílios em 2024, um aumento de 45,4%. No mesmo período, houve uma contínua redução na proporção de domicílios próprios já pagos, de 66,8% para 61,6%, indicando uma concentração de riqueza. As informações são do módulo Características Gerais dos Domicílios e Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (22), pelo IBGE. Essa é a primeira divulgação anual após a reponderação dos dados com base no Censo 2022.
Já em relação a coleta de lixo, no ano passado eram 93,1% os domicílios atendidos por coleta de lixo, seja diretamente na propriedade (86,9%) ou coletado em caçamba (6,2%). A coleta direta de lixo destacou-se pelo crescimento na cobertura desde 2016, quando era de 82,7%.
Apesar do aumento gradativo na coleta direta nos últimos anos, cerca de 4,7 milhões de domicílios (6,1%) ainda queimam lixo na própria moradia em 2024. No entanto, a queima de lixo diminuiu em relação a 2016, quando chegava a 18,6% dos domicílios do Norte, e 17,2% do Nordeste.
Em 2024, 86,3% dos domicílios tinham acesso à rede geral de abastecimento de água (66,7 milhões), frente a 85,8% em 2016. Dos que tinham acesso, a disponibilidade de água era diária em 88,4%, de quatro a seis vezes na semana em 5,0% e de uma a três vezes na semana em 4,6%. O uso de poço profundo ou artesiano (7,5%), de poço raso, freático ou cacimba (2,7%), de fonte ou nascente (1,8%), bem como de outra forma (1,7%) foram meios de abastecimento de água menos frequentes.
Já entre os 8,9 milhões de domicílios rurais, apenas 31,7% são abastecidos predominantemente por rede geral, o equivalente a um em cada três lares. A maior parte dos domicílios rurais recorrem a outras formas de abastecimento de água: 30,8%, por poço profundo ou artesiano; 12,9%, poço raso, freático ou cacimba; 13,3%, fonte ou nascente; e 11,2% são abastecidos, principalmente, por outra forma, incluindo rios, açudes e caminhão-pipa.