
O governador Eduardo Leite falou na manhã desta quinta-feira, no Palácio Piratini, sobre as taxas anunciadas ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e destacou que o Brasil não pode aceitar interferência de outro país sobre as decisões das instituições brasileiras. Admitiu que as instituições brasileiras são feitas por seres humanos, logo, falíveis, apesar dos muitos acertos que também tem.
“Naturalmente temos muitas virtudes e defeitos nas nossas instituições, mas quem define e corrige as nossas instituições somos nós, os brasileiros, e não interferências de fora do país. Isso não pode ser aceito de maneira nenhuma”, afirmou.
Por outro lado, Leite ressaltou que a “polarização radicalizada na política” gera impactos negativos para o país. “Assistimos um debate de tentar lançar culpados para cá ou para lá, quando, na verdade, o país deveria estar debruçado sobre ter negociações diplomáticas, pragmáticas, preservando o interesse nacional. Acompanhamos ainda, pois é incipiente, essas informações que se tem como vão se aplicar essas tarifas”, declarou.
Leite destacou a importância do mercado estadunidense para o RS. “O Rio Grande do Sul também têm negócios importantes, que envolvem, principalmente, o tabaco, armas de fogo, celulose, madeira e outros. Vamos acompanhar para ver os efeitos, os impactos e naturalmente as ações possíveis no âmbito local de maneira a garantir competitividade e o menor impacto possível, mas lamento essa tentativa de interferência no nosso país. E ressalto mais uma vez que essa polarização política radicalizada está mais uma vez demonstrando o quanto ela fere os interesses do país”, concluiu.
Fonte: Correio do Povo