
Na avaliação do governador Eduardo Leite (PSD) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não irá “pacificar o país”.
Um dia após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente a 27 anos de prisão por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, o ex-tucano se manifestou sobre o caso em sua rede social X. Para ele, a Justiça cumpriu seu papel, mas agora é “hora virar essa página e escrever um novo capítulo na história do Brasil”, escreveu.
“O que pacifica um país não é prender um presidente, tampouco soltá-lo. Enquanto torcedores, de um lado, acusam e, de outro lado, comemoram, milhões de brasileiros só querem viver sua vida em paz”, reforça.
O governador finaliza sua manifestação com uma crítica à polarização, afirmando que “quem tem que sair da prisão é o Brasil” que está “preso em uma polarização que nos divide e nos atrasa”.
Entre os governadores da direita que galgam uma candidatura à presidência, Leite foi o único que não fez críticas ao julgamento. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alegou que afirmou que a condenação “fere o princípio da presunção da inocência”, por ter sido proferida “sem provas”. Tarcísio tem atuado, nas últimas semanas, para levar à votação na Câmara dos Deputados o projeto de anistia, defendido por bolsonaristas.
Falas parecidas foram ditas pelos governadores do Paraná, Ratinho Jr (PSD); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que classificaram a condenação como uma perseguição ao ex-presidente.
Relembre
Bolsonaro foi condenado por 4 votos a 1, após um longo julgamento. Ele foi acusado de liderar uma organização criminosa que tentou, de julho de 2021 a 8 de janeiro de 2023, implementar um golpe de Estado com o intuito de se manter no poder. Mais sete réus, que integravam o seu governo, também foram condenados.
Fonte: Correio do Povo