
Diante das fortes chuvas que voltaram a assolar o Rio Grande do Sul nos últimos dias, com grandes acumulados de precipitações, provocando alagamentos em diversos bairros de Canoas, a preocupação com o resgate de animais domésticos e abrigos para os mesmos voltou a ser preocupação entre as autoridades locais.
Neste sentido, o Ministério Público expediu uma recomendação para que o Município, por meio da Secretaria de Bem-Estar Animal e também da Defesa Civil, adote medidas de proteção nas áreas afetadas por alagamentos e em locais mais vulneráveis às inundações.
Conforme o promotor Leonardo Giardin de Souza, entre as medidas recomendadas ao Executivo estão a verificação nos locais afetados acerca da existência de animais nas residências desocupadas, a indagação da população já abrigada sobre animais que podem ter ficado para trás durante as desocupações, a divulgação ostensiva dos locais para abrigamento, auxílio no resgate e no deslocamento de moradores e animais.
Acatando a recomendação do MP, o Executivo canoense informou que entre os dias 19 e 22 de junho, as equipes da Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal e da Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas realizaram uma série de ações emergenciais, prestando apoio à população e a seus pets, em resposta aos alagamentos provocados pelas fortes chuvas no município. As iniciativas visam garantir a proteção e assistência à população e aos animais.
No dia 19, uma visita técnica foi realizada na Prainha do Paquetá, região com histórico de alagamentos. Durante a ação, a equipe da Secretaria de Bem-Estar Animal prestou atendimento direto aos moradores, mapeou áreas críticas e repassou orientações de segurança. Nos dias seguintes, o monitoramento continuou em outras regiões vulneráveis. As equipes atenderam a chamados encaminhados via WhatsApp institucional e reforçaram a orientação para que moradores em risco, juntamente com seus animais, se dirigissem ao abrigo emergencial instalado no Ginásio São Luís.
Durante as visitas, foram identificadas situações de vulnerabilidade envolvendo animais, sendo programadas castrações e atendimentos com médico veterinários. Conforme informou a prefeitura canoense, a sede do Bem-Estar Animal também ficou disponível para receber animais cujos tutores precisassem sair de suas casas. Registros fotográficos das ações foram incluídos em ofício encaminhado ao Ministério Público.
Sobre a atuação dos agentes da Defesa Civil, estes também operaram de forma direta no atendimento às famílias da Praia do Paquetá. Aqueles que solicitaram remoção foram transportados com seus animais de estimação para locais seguros. Já as famílias que optaram por permanecer em casa receberam alimentos, água potável, produtos de higiene e limpeza, além de ração para os pets, mediante solicitação.
Fonte: Fernanda Bassôa/Correio do Povo