
Foi identificada como Bianca Zanella, 11 anos, a menina que morreu após cair no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na Serra gaúcha, na tarde dessa quinta-feira. A criança foi retirada sem vida do local por equipes do Corpo de Bombeiros, no início da madrugada desta sexta-feira, após mais de dez horas de operação.
O corpo foi encontrado a cerca de setenta metros do local da queda. Como o ponto era de difícil acesso, a operação foi feita por meio de rapel, a partir da localização indicada com auxílio de um drone. Ao menos trinta profissionais integram a ação, que além da participação dos bombeiros da cidade e dos municípios de Gramado, Canela e Porto Alegre, envolveu três aeronaves, duas do Rio Grande do Sul e uma de Santa Catarina.
O secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrew Mohr, afirmou que o acidente foi o primeiro do tipo no cânion. “O parque tem uma visitação grande e o que aconteceu foi uma fatalidade inesperada”, diz. Conforme Mohr, o acidente ocorreu em um momento em que a menina estava junto dos pais e irmãos, e após sair correndo sem avisar os familiares, acabou caindo acidentalmente do cânion.
O secretário ressalta que outros acidentes, mas sem serem fatais, já aconteceram no cânion em outras áreas mais baixas no processo de descida do parque. Mohr afirma que o parque possui uma infraestrutura de segurança para evitar os acidentes. “O cânion possui bombeiros civis à disposição dos visitantes para auxiliarem na prevenção a acidentes e monitoramento. Hoje vivemos um dia muito triste com a morte da criança”, pontua.
Conforme o secretário a criança caiu no cânion no começo da tarde dessa quinta-feira. Natural de Curitiba, ela estava acompanhada dos pais e de dois irmãos. De acordo com ele, a família estava na cidade há três dias e já havia visitado o Cânion Itaimbezinho, que fica no Parque Nacional dos Aparados da Serra.
Com 7,5 km de extensão, 2.000 metros de largura e uma altitude de 1.157 metros acima do nível do mar, o parque do Cânion Fortaleza está em operação desde 1992. Mohr acredita que não faltaram medidas de segurança, visto que este foi o primeiro acidente registrado na história.
Ainda de acordo com o secretário, apenas em 2025, cerca de quarenta e cinco mil pessoas já visitaram os cânions da região. Em 2024, estima-se que cento e vinte mil tenham passado pelo local.
*Com Correio do Povo