
O setor industrial variou -0,4% em setembro, na comparação com agosto, eliminando parte do avanço de 0,7% registrado em agosto. Com esse resultado, a produção industrial se encontra 2,3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda está 14,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação com setembro de 2024, a produção industrial cresceu 2,0%.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial avançou 1,0%, e, em 12 meses, 1,5%, assinalando perda de ritmo frente aos resultados de agosto (1,6%), julho (1,9%), junho (2,4%) e maio de 2025 (2,8%). A média móvel trimestral variou 0,1% no trimestre encerrado em setembro, frente ao nível do mês anterior, após também avançar em agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje, 4 pelo IBGE.
De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, nos meses entre abril e julho, “o total da indústria teve um comportamento predominantemente negativo e acumulou nesse período perda de 1,3%. No resultado de setembro, o setor industrial voltou a registrar perda, influenciada, principalmente, por segmentos de peso na estrutura industrial que apresentaram recuos relevantes na produção: indústria farmacêutica (medicamentos), setor extrativo (óleos brutos de petróleo) e indústria automobilística (automóveis e autopeças), que, em conjunto, respondem por aproximadamente 23% do total da indústria geral”.osto de 2025.
Houve redução na produção em 12 das 25 atividades industriais, na passagem de agosto para setembro de 2025. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%), com a primeira interrompendo quatro meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou expansão de 28,2%; a segunda intensificando a queda de 0,4% verificada no mês anterior; e a terceira eliminando parte do crescimento de 3,7% acumulado no período junho-agosto de 2025.
Entre as 13 atividades que mostraram avanço na produção, a de produtos alimentícios (1,9%) exerceu o principal impacto na média da indústria, marcando, dessa forma, o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou expansão de 4,4%. Outras influências positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos do fumo (19,5%), de produtos de madeira (5,5%), de produtos de borracha e de material plástico (1,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,0%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (2,3%), de bebidas (1,1%) e de metalurgia (0,5%).
Por outro lado, entre as 13 atividades que mostraram avanço na produção, a de produtos alimentícios (1,9%) exerceu o principal impacto na média da indústria, marcando, dessa forma, o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou expansão de 4,4%. Outras influências positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos do fumo (19,5%), de produtos de madeira (5,5%), de produtos de borracha e de material plástico (1,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,0%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (2,3%), de bebidas (1,1%) e de metalurgia (0,5%).
COMPARAÇÃO
Na comparação com setembro de 2024, o setor industrial assinalou expansão de 2,0%, com resultados positivos em 2 das 4 grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 45 dos 80 grupos e 53,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2025 (22 dias) teve 1 dia útil a mais que igual mês do ano anterior (21).
Outros impactos negativos importantes foram assinalados pelos ramos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,2%), de celulose, papel e produtos de papel (5,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (12,0%), de impressão e reprodução de gravações (26,0%), de máquinas e equipamentos (4,7%), de produtos têxteis (11,8%), de produtos do fumo (35,0%), de outros equipamentos de transporte (8,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (3,1%).
Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2024, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção dos itens álcool etílico, gasolina automotiva e betume de petróleo. Outros impactos negativos importantes foram assinalados pelos ramos de produtos de metal (-4,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,4%) e de produtos de madeira (-9,5%).
“Para a atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, o principal impacto negativo, em termos de produto, fica com o álcool etílico. Destaco que o recuo observado nesse item pode estar associado à estratégia de alocação do processamento da cana-de-açúcar, que ao longo desse ano foi direcionado em maior proporção para a produção de açúcar, em detrimento da produção de álcool. Esse movimento reflete, em parte, as condições do mercado, o que estimulou as usinas a privilegiarem esse produto”, explicou o gerente da pesquisa.