
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou sua presidência temporária no Mercosul durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado, em Foz do Iguaçu. Em discurso neste sábado, falou sobre a expectativa em torno do acordo comercial com a União Europeia, que, após 26 anos de negociações, deve ter um desfecho no início de 2026.
Lula revelou que a data da cúpula (20 de dezembro) havia sido sugerida pela própria União Europeia, com a expectativa de assinatura imediata. No entanto, novos obstáculos surgiram, não apenas pela resistência histórica da França, mas por questões internas da Itália relacionadas à distribuição de verbas agrícolas.
Apesar do adiamento, o presidente brasileiro demonstrou otimismo após conversas com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o recebimento de uma carta de líderes europeus.
“Ela disse que no começo de janeiro está pronta para assinar”, afirmou Lula, ressaltando que, com o apoio da Itália, a França não teria poder para bloquear o acordo sozinha.
A expectativa é que o documento seja assinado no primeiro mês da presidência do Paraguai.
“Nesse momento que o mundo anda muito conturbado, o Mercosul dá um exemplo de como é possível a gente continuar exercendo o multilateralismo, tentando cuidar do crescimento das nossas economias e tentando cuidar da melhoria de vida do povo que representamos”, disse Lula.
“Eu espero que tenhamos seis meses de uma boa colheita, de bons frutos e de bons acordos internacionais. Posso dizer a vocês que o mundo está ávido a fazer acordo com o Mercosul. E nós, certamente, vamos conseguir nesse período fazer os acordos que não foram possíveis realizar na minha presidência”, ressaltou o presidente.
Fonte: Correio do Povo