
As Forças de Defesa de Israel afirmam que interceptaram, na madrugada desta terça-feira (24), 15 UAVs (Veículo Aéreo Não Tripulado, em português) lançados pelo Irã. Menos de três horas após o início do cessar-fogo, Israel acusou o Irã de violar o acordo de trégua na troca de ataques entre os dois países. O exército israelense alegou ter detectado lançamentos de mísseis vindos do Irã, acusação negada pela mídia iraniana.
O ministro da Defesa de Israel declarou que o país responderá com força à violação do cessar-fogo, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Apesar do anúncio de cessar-fogo, governos e especialistas no mundo ainda aguardam com cautela os resultados.
Especialistas avaliam riscos
A efetividade da trégua depende tanto da adesão concreta das partes envolvidas quanto da capacidade internacional de conter reações em cadeia nas próximas semanas.
Para Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM, o risco de uma escalada global é baixo.
“Nem Moscou, nem Pequim querem uma guerra nuclear contra os Estados Unidos. As posturas desses governos são diplomáticas, pró-forma. Pela ação militar iraniana, contida, com somente dez mísseis, acredito que Donald Trump não vai retaliar, e a guerra caminha para ser entre Israel e Irã”, analisa.
João Alfredo Nyegray, professor da PUC-PR, aponta para o potencial de escalada regional com implicações globais.
Ele analisa “uma espiral de regionalização armada: o Hezbollah pode atacar Israel a partir do Líbano; os Houthis, intensificarem ataques ao Mar Vermelho; e milícias pró-Irã no Iraque e na Síria podem atacar alvos americanos”.