O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,7 ponto em junho, para 92,5 pontos, revertendo a leve alta do mês anterior. A queda foi a mais intensa do ano e reflete piora tanto das avaliações sobre ao momento presente quanto em relação ao futuro próximo. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice acentuou a tendência de declínio, com um recuo de 0,6 ponto. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Var.as (FGV\Ibre).
“Após cinco meses de relativa estabilidade, a confiança empresarial registra a queda mais acentuada do ano, sinalizando uma desaceleração da atividade ao final do segundo trimestre nos setores pesquisados, que respondem por cerca de 2/3 do PIB. Entre os indicadores de expectativas, chama atenção a redução do ímpeto de contratações. O índice de Situação, por sua vez, recuou ao menor nível desde outubro de 2023, afastando-se da linha de neutralidade dos 100 pontos”, avalia Aloisio Campelo Jr., pesquisador do FGV IBRE.
O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) fechou o mês de junho em 94,3 pontos, com queda de 1,7 ponto. A retração rompe com a estabilidade observada nos cinco meses anteriores, no patamar dos 96 pontos, marcando uma deterioração da percepção empresarial sobre o quadro atual. Entre seus componentes, o indicador que mede o nível da demanda no momento presente recuou 2,4 pontos no mês, para 94,7 pontos, enquanto o indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios cedeu 1,0 ponto, atingindo 93,9 pontos.
O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) também recuou em junho, em 1,7 ponto, para 90,8 pontos. Entre seus componentes, o indicador que mede o otimismo com a demanda nos três meses seguintes caiu 2,5 pontos, para 89,5 pontos, interrompendo uma sequência de dois meses em alta. O indicador que capta as expectativas para a evolução dos negócios seis meses à frente, por sua vez, registrou queda de 0,9 ponto, passando a 92,2 pontos.