A inadimplência voltou a subir em setembro, segundo o Índice Multiplike de Devedores (IMD), após ter registrado o menor nível histórico. O índice chegou a 10%, refletindo o percentual de Direitos Creditórios (DC) vencidos sobre a carteira total. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento dos vencimentos de curto prazo, resultado de um maior número de FIDCs na base do estudo, o que proporcionou uma carteira de DC ligeiramente maior.
O volume total de direitos creditórios vencidos passou de R$ 6,08 bilhões em agosto para R$ 7,01 bilhões em setembro. Apesar da alta, o nível de inadimplência ainda é considerado baixo e sob controle. Isso se deve, em parte, à queda nas dívidas de longo prazo, que são mais difíceis de recuperar e costumam representar maior risco para os credores.
Considerando as faixas de vencimento, conforme apontado anteriormente, o aumento de inadimplência foi identificado apenas nos vencidos de até 30 dias, saindo de 35,83% em agosto para 41,35% em setembro. Já todas as demais faixas apresentaram queda em setembro, sendo elas:
- Vencidos de 31 a 60 dias, saindo de 9,55% para 8,52%;
- Vencidos de 61 a 90 dias, saindo de 5,88% para 5,32%;
- Vencidos de 91 a 180 dias, saindo de 13,45% para 12,09%;
- Vencidos de 181 a 360 dias, saindo de 19,03% para 17,19% e;
- Vencidos acima de 360 dias, saindo de 16,26% para 15,53%.
O levantamento ainda aponta que o patrimônio líquido (PL) dos FIDCs multicedente/multissacado atingiu R$ 72,7 bilhões em setembro, considerando uma amostra de 368 fundos – acima dos 349 avaliados no mês anterior. Desse total, R$ 70,09 bilhões foram lastreados em direitos creditórios, praticamente a totalidade da carteira, enquanto R$ 7,01 bilhões em recebíveis não foram liquidados no prazo original.
No caso da Multiplike, a taxa de inadimplência segue bem abaixo da média de mercado: apenas 0,70% da carteira de direitos creditórios está vencida, sendo que 98,5% desses títulos têm atraso inferior a 30 dias. “Conseguimos manter esse índice porque investimos fortemente em tecnologia e em pessoas qualificadas para análise de crédito, além de contarmos com um histórico consolidado de mercado”, afirma Volnei Eyng, CEO da Multiplike.