
A inadimplência de aluguel no Rio Grande do Sul voltou a subir em julho, saindo de 4,16% no mês anterior, para 4,41%, com variação de 0,25 ponto percentual. Essa taxa é a maior já registrada, desde a criação do índice em 2023. No comparativo com o mesmo período de 2024 (3,62%), houve um aumento de 0,79 ponto percentual. O índice no estado também ficou acima da média nacional, que foi de 3,76% no período. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “a inadimplência recorde no Rio Grande do Sul reflete o acúmulo de pressões econômicas sobre o orçamento das famílias. Mesmo em uma região que historicamente apresenta índices mais controlados, o cenário atual mostra que muitos locatários têm encontrado dificuldades para manter os pagamentos em dia”. A declaração foi feita durante o Next 2025, o maior evento do setor de moradia do país.
Em julho, a região Nordeste liderou novamente o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,91%. A região Centro-Oeste teve um aumento significativo e agora ocupa o segundo lugar, saindo de 3,78%, em junho, para 4,68%, em julho, um aumento de 0,9 ponto percentual. A região Norte aparece em terceiro lugar, com 4,48%, seguido do Sudeste, com taxa de 3,51%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,19%.
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 1,99%, em junho, para 2,42% em julho, abaixo da média nacional de 2,73%; e a de casas de 3,77% para 4,11%, também abaixo da média nacional de 4,02%. Já os imóveis comerciais registraram 3,87% de inadimplência, após 4,07% no mês anterior. No país, a média foi de 5,03% no mesmo período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,83%, em julho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram alta registrada novamente, saindo de 5,79% em junho para 6,14% em julho, um aumento de 0,35 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 e de R$ 3.000 a R$ 5.000 é semelhante, sendo 2,36% e 2,37%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1.000 continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,48% em junho para 7,98% em julho, um aumento de 0,50 ponto porcentual. A menor foi na faixa de R$ 2.000, a R$ 3.000, de 4,22%.