
O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), entregou, na segunda-feira, 24, a Licença de Operação (LO) que autoriza o início das atividades da C.B Bioenergia LTDA, em Santiago.
O empreendimento abrigará a primeira usina de etanol de trigo do Brasil, marcando um avanço estratégico na produção de biocombustíveis e no fortalecimento da matriz energética limpa do Rio Grande do Sul.
A nova licença atesta o cumprimento de todas as exigências ambientais necessárias para a operação da usina, instalada em uma área de 150 mil m². A capacidade produtiva prevista ultrapassa 1.300 m³ mensais de álcool hidratado e 1.140 m³ de álcool neutro, além da fabricação de 810 toneladas de DDGS (Grãos Secos de Destilaria com Solúveis) e 2.160 toneladas de WDGS (Grãos de destilaria úmidos com solúveis), subprodutos de alto valor nutricional utilizados em rações animais. A operação deve gerar 28 empregos diretos no município.
A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, destacou a importância estratégica da licença para o desenvolvimento sustentável do Estado.
“A ampliação da produção de biocombustíveis no Rio Grande do Sul é fundamental para fortalecer nossa matriz energética limpa. Além disso, os energéticos e derivados não alimentícios da agricultura representam uma nova visão e oportunidade para valorização da cadeia agrícola, além de contribuir para descarbonização. Com responsabilidade ambiental e inovação, garantimos segurança jurídica aos empreendedores e avançamos na transição para modelos produtivos mais eficientes e de baixa emissão”, afirmou Marjorie.
A licença contempla todas as etapas produtivas, incluindo recepção e pesagem da matéria-prima (triticale, cevada, trigo, centeio e milho), moagem, preparação, sacarificação, fermentação, destilação, retificação, condensação e armazenamento do álcool produzido.
A iniciativa integra o esforço do Estado para ampliar a produção de biocombustíveis e reduzir emissões, alinhando-se às metas ambientais e de transição energética do Rio Grande do Sul.
Para o presidente da Fepam, Renato Chagas, além de agregar valor à produção ao industrializar esses insumos no próprio município, o empreendimento fortalece a matriz energética limpa do Rio Grande do Sul ao produzir etanol hidratado e neutro. “Isso acaba contribuindo para a redução de emissões e para a expansão do setor de bioenergia no Estado”, complementou.
Fonte: Correio do Povo