
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã desta sexta-feira (31), os primeiros nomes da lista de mortos durante a megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, na zona norte, na última terça-feira (28), considerada a mais letal da história do estado, com 117 suspeitos e 4 policiais que perderam suas vidas.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, 99 criminosos mortos na Operação Contenção foram identificados. Desses, 78 tinham histórico criminal, com 42 deles tendo mandados de prisão em aberto.
Os chefes mortos foram: PP, chefe do tráfico do Pará; Russo, chefe do tráfico em Vitória; Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus; Gringo, chefe do tráfico em Manaus; Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana; Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás; DG, chefe do tráfico na Bahia; FB, chefe do tráfico na Bahia; Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí, em Goiás.
Dos 99 identificados, 39 são de outros estados, sendo 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba.
O secretário informou que os Complexos do Alemão e da Penha funcionavam como centros de comando, tomada de decisão e treinamento tático da facção narcoterrorista. As evidências indicam que integrantes recebiam instruções em armamento, tiro, uso de explosivos e táticas de combate nessas localidades.
De acordo com a investigação, o fluxo de caixa da facção nessas áreas movimentava cerca de 10 toneladas de drogas por mês. Tanto o Alemão quanto a Penha serviam como polos de abastecimento, distribuindo drogas e armas para outras comunidades controladas pelo grupo criminoso. A investigação mostrou ainda que cerca de 50 fuzis eram negociados mensalmente a partir dessas regiões.
As apurações indicam que pelo menos 24 comunidades do Rio de Janeiro, entre elas o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, a Rocinha, o Complexo da Maré, o Jacarezinho e o Complexo do Lins, são diretamente abastecidas por esses fluxos ilícitos.
Segundo as autoridades, todos os corpos já foram periciados, em esquema especial que reuniu a Polícia Civil e o Ministério Público, e 89 foram liberados para retirada pelos familiares. As diligências seguem para identificar os restantes.
Fonte: R7
 
											 
															 
								 
								 
								 
								 
								 
								