
O governo do Estado instalou novas estações hidrometeorológicas pelo território gaúcho. Até quinta-feira (16), 20 equipamentos já foram fixados. Ao todo, serão 130 estações de missão crítica, responsáveis pelo monitoramento de 24 bacias hidrográficas no Rio Grande do Sul.
As novas estações são de alta performance e operam na modalidade nowcasting de missão crítica, com atualização de dados a cada 15 segundos. As unidades são equipadas com sensores para medição do nível dos rios e do volume de chuva, além de câmeras para acompanhamento visual em tempo real. Contam também com transmissão via rede 4G/5G e redundância por satélite, garantindo a continuidade do funcionamento mesmo em situações adversas.
Os equipamentos possuem estruturas com alturas entre 6 e 12 metros, definidas conforme as características requeridas em cada local. A alimentação de energia do sistema ocorre por sistema solar off-grid, com autonomia mínima de 7 dias, a qual é garantida por um conjunto de baterias mesmo em condições de baixa insolação.
Localidades onde foram instalados os 20 novos dispositivos:
- Três Coroas;
- Igrejinha;
- Nova Hartz;
- Sapiranga;
- Teutônia;
- Imigrante;
- Montenegro;
- Putinga;
- Marau;
- Passo Fundo;
- Getúlio Vargas;
- Barão do Cotegipe;
- Sarandi;
- Rodeio Bonito;
- União da Serra;
- Rolante (em duas localidades);
- na divisa entre Travesseiro e Pouso Novo;
- na divisa entre Nova Roma do Sul e Farroupilha;
- na divisa entre Protásio Alves e Ipê.
Investimentos pelo Plano Rio Grande
O governo do Estado, por meio da Casa Militar, através da Subchefia de Proteção e Defesa Civil, contratou o serviço com um investimento de R$ 47,175 milhões. A iniciativa faz parte das ações do Plano Rio Grande e garante a implantação e a operação dos novos equipamentos. Serão 113 estações hidrológicas, com sensores de nível e precipitação, e outras 17 hidrometeorológicas, que contam com sensores de velocidade e direção do vento, umidade, pressão atmosférica, temperatura e precipitação.
Durante o desastre de 2024, um dos pontos sensíveis encontrados foi a fragilidade dos mecanismos de monitoramento e alerta dos níveis de rios e lagos, levando gestores públicos a pautar suas linhas de ação por informações obtidas a partir de plataformas abertas e outras fontes não-oficiais. Agora, os novos equipamentos chegam para dotar continuamente o Estado e os municípios de informações técnicas completas, essenciais para embasar decisões estratégicas durante emergências e adotar medidas preventivas de forma mais eficaz.
Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Bacias hidrográficas contempladas pelo projeto:
- Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas
- Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim e do Canal São Gonçalo
- Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
- Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos
- Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí
- Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo – Santa Rosa – Santo Cristo
- Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba
- Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí
- Bacia Hidrográfica do Rio Pardo
- Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê – Inhandava
- Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí – Vacacaí Mirim
- Bacia Hidrográfica do Rio Caí
- Bacia Hidrográfica do Litoral Médio
- Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
- Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí
- Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea
- Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo
- Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim
- Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba
- Bacia Hidrográfica dos Rios Butuí Icamaquã
- Bacia Hidrográfica do Rio Negro
- Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí
- Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí
- Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria
Fonte: Correio do Povo