No dia 5 de julho, o Rio de Janeiro receberá lideranças empresariais, autoridades governamentais e especialistas dos países que integram o BRICS para o Fórum Empresarial do BRICS, que acontecerá no Pier Mauá. O evento antecede a Cúpula dos Chefes de Estado do BRICS, realizada pela terceira vez no Brasil. Neste ano, o fórum abordará temas cruciais para o desenvolvimento econômico sustentável, com destaque para estratégias de comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, desenvolvimento de habilidades e economia digital, além de financiamento e inclusão financeira.
O encontro é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), coordenadora do Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS) e da Women’s Business Alliance (WBA), grupos de engajamento do setor privado dos países membros, durante a presidência brasileira do bloco. A abertura terá a participação de Ricardo Alban, presidente da CNI; Francisco Neto, presidente do Conselho Empresarial do BRICS e CEO da Embraer; Mônica Monteiro, presidente da Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS e vice-presidente de Novos Negócios do Times Brasil; do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Quatro painéis temáticos com a participação de gigantes do setor industrial dos países membros discutirão temas como o fortalecimento do comércio e segurança alimentar no BRICS, transição energética e descarbonização, transição verde e digital e estratégias de financiamento para a agenda de desenvolvimento do BRICS.
Todos os chefes de Estado dos países que integram o bloco foram convidados para compor o painel presidencial, que vai encerrar a programação do Fórum Empresarial, liderado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
CENÁRIO
De acordo com dados do governo brasileiro, os países do BRICS representam 48,5% da população mundial, 36% do território do planeta, 40% do PIB global e 21,6% do comércio (TradeMap; Banco Mundial). A corrente de comércio do Brasil com o BRICS totalizou US$ 210 bi, representando 35% do total em 2024.
O bloco foi destino de US$ 121 bi das exportações brasileiras, representando 36% do total exportado pelo Brasil em 2024, e a origem de US$ 88 bi das importações brasileiras, representando 34% do total importado pelo Brasil no mesmo ano (ComexStat). No ano anterior, os investimentos dos países do bloco no Brasil totalizaram cerca de US$ 51 bilhões (Banco Central). Um grande desafio é a plena participação das mulheres na economia.
Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), 15% das empresas que atuam internacionalmente são lideradas por mulheres. O Women Entrepreneurs Finance Initiative (WE-FI) aponta que apenas um terço das pequenas e médias empresas no mundo é liderado por mulheres – e 70% dessas empresas enfrentam obstáculos significativos no acesso a crédito, redes de apoio e capacitação.