
A maior vitrine a céu aberto do agro gaúcho e da América Latina foi apresentada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, em Brasília, na tarde de quarta-feira, dia 6. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, abriu as portas da sede da entidade, denominada de casa do produtor rural, na capital federal.
Este é o segundo lançamento do evento fora do Estado. Na terça-feira, dia 5, Leite apresentou a feira agropecuária em São Paulo. A iniciativa rendeu frutos com o México manifestando interesse em participar do evento que será realizado entre 30 de agosto e 7 de setembro, em Esteio. Na ocasião, o governador gaúcho manifestou que tem muitas preocupações em relação ao agronegócio do Rio Grande do Sul e que, apesar do tarifaço dos Estados Unidos em relação às exportações brasileiras, a dívida dos produtores rurais decorrentes de prejuízos sucessivos com eventos climáticos segue como prioridade.
“O próprio Ministério da Integração e a Defesa Civil nacional reconhecem que nenhum outro estado perdeu tanto economicamente com os eventos climáticos como o RS. Então é justo que se dirijam para o Estado iniciativas também diferenciadas para socorrer esse produtor e dar a Elena capacidade de investir e, inclusive, se proteger de novos eventos climáticos”, afirmou, acrescentando que esse cenário estará em debate durante a Expointer 2025.
No evento, Leite defendeu também a importância de que o projeto 5122/2023, que disponibiliza recursos do Fundo Social, avance no Senado diante do novo panorama que o tarifaço de Trump impõe ao Brasil. “Porque vai ter impacto em diversos setores na economia gaúcha”, pontuou. Leite reiterou que está atuando para sensibilizar o governo federal pois entende que ajudar os produtores rurais a renegociarem suas dívidas não é o mesmo que perdoar mas dar condições para que promovam investimentos nas suas futuras lavouras.
“Nós apuramos já na safra de inverno (do produtor gaúcho), no plantio do trigo , por exemplo, que muitos produtores pressionados por suas dívidas deixaram de plantar. Temos também essa preocupação para a safra de verão por isso defendemos medidas urgentes junto ao governo federal que é quem tem fôlego e fonte de recursos”, afirmou.