
Com o objetivo de acelerar e predizer a saúde do rebanho, além de auxiliar na produtividade, a Universidade de Passo Fundo (UPF) lançou oficialmente, na casa do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS) na Expointer 2025, um projeto para uso de tecnologias de inteligência artificial no setor leiteiro. A proposta prevê a realização de 500 mil análises em cinco anos, fomentando a produção gaúcha de leite.
De acordo com o professor de Medicina Veterinária da UPF e conselheiro do CRMV-RS, Ricardo Zanella, o projeto, intitulado TIAL, é inédito no Sul do Brasil e deverá servir de modelo para propostas em outros estados do país. No início do ano, o projeto recebeu um financiamento de R$ 5 milhões, através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal, para a compra de equipamentos para monitorar a qualidade do leite.
“O objetivo é usar a inteligência artificial (IA) para ter dados e resultados precisos para o produtor, com maior rapidez. A intenção é termos toda a análise do leite do rebanho gaúcho antes dos animais apresentarem sinais clínicos que possam impactar na produção. Com a IA, conseguiremos treinar o sistema para entender um determinado resultado e interpretar da forma mais rápida e com menos erros. Vamos trabalhar com as quatro regiões do RS, baseado no número de animais da região”, afirmou.
Lançado oficialmente neste domingo, o projeto já havia sido apresentado para parceiros, como empresas e cooperativas. Zanella reforça que, a partir da análise, será possível dar maior previsibilidade da produção do rebanho ao produtor. “Atualmente, o criador percebe que a fêmea está com problema quando diminui a produção. Vamos identificar parâmetros no leite justamente para evitar a diminuição dessa produção e indicar que o animal precisa de atenção”, completou.
Fonte: Correio do Povo