
Um estudo organizado pela Futura Inteligência, braço de pesquisas da Apex Partners, procura avaliar o impacto da taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para produtos brasileiros. A pesquisa contempla os 8 estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santos, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás – denominados onças brasileiras, termo criado pela Apex em alusão aos tigres asiáticos, para tratar dos estados que crescem acima da média nacional.
As Onças Brasileiras exportaram, em2024, cerca de US$159,6 bilhões, dos quais 9%, ou US$14,4 bilhões, tiveram como destino o mercado americano. Isso representa 36% das exportações totais realizadas pelo Brasil para aquele país, que somaram US$40,36 bilhões no ano de 2024. O percentual de 9% indica o grau de exposição das economias estaduais das Onças ao comércio com os Estados Unidos, indicando o quanto esses estados dependem desse parceiro internacional.
Em termos absolutos, Minas Gerais se destaca com 11,4% de participação nas exportações totais brasileiras para os EUA, seguido por Espírito Santo e, na sequência, Rio Grande do Sul. Já em termos relativos, ou seja, considerando o peso das exportações para os EUA dentro do total exportado por cada estado, o destaque é o Espírito Santo. Do total exportado pelo estado, 28,6% têm como destino o mercado americano, o que o coloca como o potencialmente mais impactado pelo tarifaço de Trump.
Como praticamente todos os produtos exportados para os EUA estarão potencialmente sujeitos ao tarifaço de 50%, os impactos em cada estado dependerão do grau de exposição total e, especificamente, da composição de suas pautas de exportação.

