Equatoriano chegou com muita expectativa, correspondeu no início, mas não fará tanta falta.

Maior artilheiro da seleção de seu país, passagens por grandes ligas e uma expectativa que não se firmou. Esse foi o período de Enner Valencia no Inter. Nem o maior fã dele entre os colorados conseguirá afirmar que sua saída é precoce ou injusta.
Teve a difícil contratação, com assinatura de pré-contrato, salário entre os maiores do elenco e, na grama ao lado, Suárez. Era a resposta que o torcedor queria, muito menos pela rivalidade, mas pelo cenário que se desenhava para o segundo semestre de 2023. A Libertadores por disputar, o retorno de Eduardo Coudet e o atacante de “hierarquia” legitimaram a esperança de todos no Inter.
A impressão é que as coisas começaram a dar errado a partir das semifinais contra o Fluminense. Até porque os números eram bons e a participação havia sido decisiva nas fases anteriores.
O ano vira, lesões aqui e ali tiram a confiança, e a quase unanimidade junto aos colorados começa a ruir. Chega Borré e a dupla hipotética do norte da América do Sul não se confirma. Escassas tentativas por parte de Roger e o baixo desempenho provocaram a expressão “um ou outro”. Restou ao equatoriano amargar longos períodos na reserva.
Os cada vez mais raros momentos como titular ofereceram alguns lampejos. Teve o título do Gauchão deste ano, com direito a golaço na decisão contra o maior rival. Mas foi pouco. Cinco meses sem marcar, cada vez mais impaciência do torcedor e o fim da fila, que tem Ricardo Mathias e Borré, selaram sua saída. Futebol tem dessas coisas: cada um segue seu caminho e vida que segue. Resta lamentar o que não foi vivido.