
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, confirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil poderá pedir por um prazo maior para a negociação da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos. “Nós queremos resolver o problema, e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou Alckmin.
A colocação veio após reunião do comitê do governo para as negociações comerciais O primeiro encontro do grupo ouviu empresários da indústria, que defendem a negociação para prorrogar o início da cobrança de tarifas dos Estados Unidos. A definição do presidente norte-americano, Donald Trump, é de que uma cobrança adicional de 50% passe a valer a partir de 1º de agosto. Antes disso, o governo avalia outras alternativas e quer suspender a implementação dos aumentos tarifários.
“Nós vamos nos empenhar para reverter essas alíquotas, essa tarifa, que é muito injusta para o Brasil, mas é também negativa para os Estados Unidos”, destacou Alckmin. Como próximos passos, o Planalto prevê enviar uma segunda carta ao governo norte-americano.
A nova correspondência é voltada para pedir uma reposta a um contato inicial, feito há dois meses quando houve o primeiro comunicado de tarifaço, conforme indicou Alckmin: “Vamos encaminhar uma carta dizendo ‘aguardamos a resposta’ e continuamos empenhados em resolver esse problema”.
Comitê do governo
A reunião inaugurou os trabalhos do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, anunciado pelo governo Lula e formalizado nesta terça-feira (15) em publicação do Diário Oficial da União. Fazem parte deste comitê os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, da Fazenda, das Relações Exteriores e da Casa Civil. Outras pastas foram convidadas para participar das reuniões. A coordenação é feita pelo ministro Geraldo Alckmin.
Desde o anúncio, na sexta-feira, o vice-presidente reforçou que o Brasil estava dialogando e aguardava resposta dos Estados Unidos a uma proposta apresentada pelo Brasil antes do anúncio das novas tarifas. Alckmin também afirma que o governo tem se empenhado para rever a taxação imposta por Donald Trump.
Fonte: R7