
Não há bairros alagados neste sábado em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, mas a previsão de chuvas deve gerar elevação no nível do Rio Gravataí. Os moradores têm receio de novos alagamentos no município que, desde a última quarta-feira, está com situação de emergência decretada. Devido ao extravasamento de um arroio, a ponte que faz divisa com a vizinha Esteio permanece bloqueada há mais de uma semana.
Nesta manhã, a água havia recuado na Praça do Ecoturismo, que ainda tem pontos alagados. Ali, uma parte do pier voltou a ser acessível para visitantes e os bancos de madeira deixaram de estar submersos. O Rio Gravataí, porém, continua alto e dificulta a atividade dos pescadores.
Os empresários no entorno da praça já adotaram medidas preventivas para tentar salvar bens e produtos. Cláudio Cífali, que é proprietário de uma gráfica, ergueu o maquinário na tentativa de evitar os prejuízos de um possível alagamento. O receio é que a rede de esgoto extravase.
“O Rio Gravataí pode inundar a Praça do Ecoturismo, mas dificilmente vai entrar na minha empresa. O problema é a tubulação. A água pode subir pelo ralo dos banheiros. Por isso, já coloquei o maior número possível de máquinas em estruturas mais altas”, disse o empresário.
Segundo o Executivo Municipal, entre os dias 17 e 23 de junho, Cachoeirinha recebeu 150 milímetros de chuva, o que gerou desabrigados e alagamentos. O prefeito em exercício, delegado João Paulo, decretou situação de emergência para agilizar as ações da Defesa Civil e dos órgãos municipais na reconstrução da cidade.
Os pilares da medida são os trabalhos de prevenção, desobstrução de vias e suporte às famílias afetadas. O decreto vale por 180 dias e permite desapropriações em áreas de risco, se necessário.
Correio do Povo