
A Polícia Civil prendeu preventivamente dois técnicos de enfermagem nesta terça-feira em Porto Alegre. Eles são suspeitos em um caso de abuso sexual contra uma mulher de 39 anos no Hospital Ernesto Dornelles. Os crimes teriam acontecido em 22 de julho, enquanto ela se recuperava de cirurgia.
O boletim da ocorrência foi registrado por um familiar da vítima e por outros funcionários do hospital. Eles disseram que um dos suspeitos entrou no quarto onde estava internada a paciente e simulou um exame de toque íntimo nela, além de apalpar a sua barriga e os seus seios. O ato, ainda conforme registro policial, ainda contou com a participação de outro homem, sendo ambos técnicos de enfermagem.
Na ocasião, a vítima estranhou a forma como se deu o procedimento e levou os fatos à equipe médica. “Ficou demonstrado o conluio prévio entre os autores e, também, a tentativa deles de ocultar o ocorrido”, apontou a delegada titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Thais Dias Dequech.
Leia a nota do Hospital Ernesto Dornelles
“O Hospital Ernesto Dornelles informa que, tão logo teve conhecimento da denúncia, prestou atendimento imediato e acolhimento integral à paciente e sua família. Por iniciativa da Instituição, em conjunto com a família, promoveu-se o competente registro da ocorrência junto às autoridades competentes, visando a elucidação e investigação policial. Os empregados envolvidos foram sumariamente desligados do Hospital. Segue colaborando com as investigações, que devem ocorrer sob sigilo e com rigor ético, visando à segurança e a não exposição da paciente.
Com 63 anos de atuação a serviço da comunidade gaúcha, desde sua inauguração em 30 de junho de 1962, o Hospital Ernesto Dornelles tem como missão proporcionar assistência integral e qualificada à saúde, buscando ser referência médico-hospitalar com gestão autossustentável. Nossa essência é pautada pela ética, pela segurança do paciente, pela humanização do cuidado, pela responsabilidade social e pela melhoria contínua dos processos assistenciais.
Reafirmamos a proteção incondicional aos pacientes, a integridade de nossos processos assistenciais e a responsabilidade de apurar os fatos com transparência e respeito a todos os envolvidos.
Seguimos com tolerância zero a condutas incompatíveis com nossos valores, aperfeiçoando protocolos, fortalecendo rotinas de prevenção e capacitando continuamente as equipes. Permanecemos à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários e, dentro do que a lei permite, dos familiares diretamente envolvidos”.
Fonte: Correio do Povo