
A Prefeitura de Porto Alegre concluiu nesta quinta-feira a instalação de um dique e bombas emergenciais para reduzir os impactos do alagamento no bairro Guarujá. Desde o início da semana, com a elevação do Guaíba, as ruas Oiampi e Jacipuia registram um grande ponto de acúmulo de água. Apesar de não atingir nenhuma casa diretamente, o alagamento causa transtorno para moradores, que não conseguem retirar seus veículos e precisam caminhar pelo pequeno espaço ainda seco nas calçadas.
O serviço emergencial foi feito por equipes do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), com o objetivo de evitar que a água do Guaíba represasse o deságue do arroio Guarujá no local. Por isso, foi feito um aterramento, similar a um dique, na foz de um valão que fica próximo da rua Jacipiua. Além disso, quatro bombas são utilizadas para a drenagem da água que causa o alagamento e outras quatro são previstas para serem instaladas no local.
Moradores celebraram a tentativa de resolução do problema, mas chamam a estrutura temporária de “solução paliativa”. Uma destas moradoras é Cristina Abbud, que reside na rua Jacipiua. Ela conta que está sem conseguir dormir nos últimos dias com receio de uma nova cheia. “É uma esperança que nós temos de que isso funcione. Estamos todos estressados com mais essa situação. O Guaíba não precisa superar a cota de inundação para alagar a nossa rua”, contou.
Um protesto está sendo organizado pelos moradores para pedir uma solução definitiva para o alagamento. No próximo sábado, eles farão um “abraço” ao Guarujá, percorrendo algumas ruas do bairro desde as 9h. Às 10h, o grupo fará um ato na orla, a praça Zeno Simon. “É algo paliativo. Estamos contentes que é a primeira vez que fazem algo, mas queremos algo definitivo. Não temos mais saúde mental e emocional para suportar isso”, completou.
Um novo episódio de chuva excessiva está previsto para o final de semana. Segundo a MetSul Meteorologia, instabilidade retornará ao território gaúcho já neste sábado e no domingo (29). A precipitação deverá causar uma terceira onda de vazão nos rios, pegando corpos hídricos já inundados. Não há, no entanto, a expectativa de um cenário semelhante ao segundo semestre de 2023 ou maio de 2024.
Fonte: Correio do Povo