
A saúde mental, tema amplamente discutido na sociedade brasileira, ganha um novo reforço para 2026: a obrigatoriedade das empresas em fornecer ferramentas para ajudar em momentos difíceis. Segundo Jorge Avancini, presidente do Sindicato dos Administradores no Estado do Rio Grande do Sul (Sindaergs), a atualização da NR-1 será benéfica aos trabalhadores e empregadores. A NR-1, que trata do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), agora incluirá também a assistência em riscos psicossociais, como assédio, estresse, fadiga e sobrecarga mental.
Avancini afirma que com a mudança as empresas vão precisar mapear, avaliar e controlar fatores que impactam a saúde mental dos colaboradores. “Mais do que uma obrigação legal, a atualização da NR-1 representa um avanço necessário para a realidade que vivemos. Saúde mental não pode ser tratada como um tema secundário dentro das organizações. Ao incluir os riscos psicossociais no gerenciamento ocupacional, o país dá um passo importante para proteger trabalhadores, qualificar ambientes de trabalho e reduzir impactos que afetam diretamente a produtividade e a convivência profissional.”
As companhias que não ofertarem o recurso podem enfrentar multas, ações trabalhistas e afastamentos. A vigência da norma terá início em maio de 2026. Até lá, as empresas terão um período educativo para se adequarem às novas regras. “As empresas precisam já iniciar essa preparação. Em um primeiro momento, é provável que alguns empregadores se assustem com as mudanças, mas, após esse período de adaptação, a atualização da norma será benéfica para ambos os lados: colaborador e chefia”, enfatiza o presidente do Sindaergs.