
A CPMI do INSS vai ouvir o gaúcho Onyx Lorenzoni (PP) nesta quinta-feira. Ele foi ministro do Trabalho e da Previdência durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e vai falar à comissão logo depois da votação dos requerimentos, marcada para as 9h.
Em uma de suas primeiras decisões, a CPMI decidiu ouvir todos os ex-ministros da Previdência e ex-diretores do INSS a partir de 2015. Onyx chefiou a pasta entre julho de 2021 e março de 2022.
Os convites para Onyx comparecer à comissão foram apresentados pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e pela senadora Leila Barros (PDT-DF).
Para Leila, a presença do ex-ministro “será fundamental para esclarecer pontos relevantes, permitindo que esta comissão alcance um diagnóstico preciso da situação e, ao final, apresente propostas efetivas de aprimoramento da Previdência Social”.
Já Randolfe acusa Onyx de suspeição. “O ex-ministro teria recebido doação vultuosa de representante de outra entidade suspeita de fraudar os descontos” de aposentados e pensionistas do INSS, argumenta, de acordo com matérias publicadas na imprensa.
Requerimentos
Na parte deliberativa, a comissão vai votar 186 requerimentos. Um deles, do deputado gaúcho Paulo Pimenta (PT), pede a acareação entre o advogado Eli Cohen e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), também apresentou um requerimento no mesmo sentido.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou um requerimento que pede a convocação do empresário Andre Piacentini Arnus, sócio-administrador da empresa BMG Corretora de Seguros. Segundo Gaspar, a BMG é uma das beneficiárias de recursos oriundos de entidades associativas ligadas às fraudes de descontos em benefícios do INSS.