
O publicitário Ricardo Jardim, que esquartejou e deixou parte do corpo da namorada em uma mala na Rodoviária de Porto Alegre, manteve os restos mortais por cinco dias em uma geladeira na pousada onde o casal residia, na zona Norte. A informação foi divulgada nesta terça-feira, em coletiva da Polícia Civil.
“Ele manteve o corpo da vítima para elaborar com calma o que faria e onde espalharia as partes”, disse o delegado André Freitas.
De acordo com Freitas, nos dias 8 e 9 de agosto o suspeito comprou luvas, lona e uma serra. A vítima teria sido morta entre estes dias. Já em 14 de agosto, ele comprou a mala em que o corpo seria deixado na rodoviária, no dia 20 daquele mês.
Jardim teria admitido que forrou o chão da pousada na zona Norte, onde residia e era vizinho da vítima, para evitar que outros moradores ouvissem ruídos do esquartejamento. Ele teria utilizado uma serra durante o ato.
Ele está preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Charqueadas II. Antes disso, ficou por três dias no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), onde passou por audiência de custódia. O detento permanece isolado em uma cela na ala de triagem desde que chegou na unidade. Ele deverá passar um período mínimo de dez dias no setor, segundo o procedimento padrão.
A Defensoria Pública atuou na audiência de custódia. Caso Jardim não constitua advogado particular, a instituição irá atuar na defesa e se manifestará somente nos autos do processo.
A vítima, Brasilia Costa, de 65 anos, trabalhava como manicure e cabeleireira. Ela era natural de Arroio Grande, no Sul do Estado. O irmão dela é sargento da Brigada Militar, da reserva.
Foto: Marcel Horowitz/Correio do Povo