
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$17,3 bilhões em agosto, ante déficit de R$21,4 bilhões no mesmo mês de 2024. Houve, no Governo Central, nos governos regionais e nas empresas estatais, déficits respectivos de R$15,9 bilhões, R$1,3 bilhão e R$6 milhões. Em 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$23,1 bilhões, 0,19% do PIB, ante déficit de R$27,3 bilhões, 0,22% do PIB, nos doze meses acumulados até julho.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$74,3 bilhões em agosto, comparativamente a R$69,0 bilhões em agosto de 2024. No acumulado em 12 meses até agosto, os juros nominais alcançaram R$946,5 bilhões (7,63% do PIB), comparativamente a R$855,0 bilhões (7,46% do PIB) nos 12 meses até agosto de 2024.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$91,5 bilhões em agosto. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$969,6 bilhões (7,81% do PIB), ante déficit nominal de R$968,5 bilhões (7,85% do PIB) em julho de 2025.
DIFERENÇAS
A DLSP atingiu 64,2% do PIB (R$8,0 trilhões) em agosto, elevando-se 0,6 ponto percentual do PIB no mês. Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), do déficit primário (+0,1 ponto percentual), da valorização cambial de 3,1% no mês (0,4 ponto percentual), do efeito da variação do PIB nominal (-0,4 ponto percentual) e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 ponto percentual). No ano, o aumento de 2,7 p.p. na relação DLSP/PIB refletiu, em especial, os impactos dos juros nominais (+4,8 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 12,4% (+1,5 ponto percentual), do déficit primário do período (+0,5 ponto percentual), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,9 ponto percentual) e da variação do PIB nominal (-3,3 ponto percentual.).
A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – atingiu 77,5% do PIB (R$9,6 trilhões) em agosto de 2025, mesmo percentual do PIB registrado no mês anterior. Essa evolução no mês foi decorrente, sobretudo, dos juros nominais apropriados (+0,8 ponto percentual), dos resgates líquidos de dívida (-0,2 ponto percentual), do efeito da valorização cambial (-0,1 ponto percentual) e da variação do PIB nominal (-0,5 ponto percentual). No ano, a DBGG elevou-se 1,0 p.p. do PIB, em função, principalmente, da incorporação de juros nominais (+5,9 pontos percentuais), do crescimento do PIB nominal (-4,1 pontos percentuais), do efeito da valorização cambial (-0,5 ponto percentual) e dos resgates líquidos de dívida (-0,3 ponto percentual).