O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE recuou 2,6 pontos em agosto, para 87,1 pontos, igualando ao menor nível desde maio de 2021 (87,1 pontos). Na média móvel trimestral, o índice cedeu 1,6 ponto. O resultado de agosto da confiança de serviços reforça a tendência de desaceleração observada ao longo do ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGVIbre)
“Neste mês, notam-se resultados negativos nos principais indicadores da pesquisa, sobretudo na demanda de serviços prestados às famílias que outrora sustentou a recuperação geral do setor. Em relação ao futuro, os empresários mantêm um olhar mais pessimista para o segundo semestre, em linha com a complexidade do cenário econômico brasileiro. O aumento da incerteza e uma expectativa geral de desaceleração da atividade com a política monetária contracionista”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
A queda do ICS reflete piora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,1 ponto, para 91,2 pontos, menor nível desde setembro de 2021 (90,0 pontos), e o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 4,1 pontos, para 83,1 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,8 pontos).
Ambos os componentes do ISA-S recuaram: o indicador de volume de demanda atual retraiu 0,8 ponto, atingindo 92,5 pontos, e indicador de situação atual dos negócios cedeu 1,4 ponto, para 89,9 pontos. Em relação às expectativas, o indicador que mensura a demanda prevista nos próximos três meses recuou 2,7 pontos, para 85,2 pontos, e o que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 5,4 pontos para 81,1 pontos, patamar mais baixo desde junho de 2020 (79,4 pontos), quando a economia brasileira passava pelo período de lockdown da pandemia.