
O índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE avançou 1,5 ponto em outubro, para 86,2 pontos, em sua segunda alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, houve recuo de 0,3 ponto, para 84,7 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“A confiança do comércio sobe pelo segundo mês consecutivo, porém, desta vez impulsionada apenas pelas expectativas para os próximos meses. Apesar de enfrentarem um consumo lento, refletido na demanda atual fraca, os empresários estão menos pessimistas ancorados em uma expectativa de melhora nas vendas de fim de ano, podendo ser um pouco melhor do que se esperava anteriormente. Essa redução do pessimismo encontra respaldo na recuperação da confiança dos consumidores. No entanto, o consumo permanece sendo impactado pelo cenário de juros altos e pelo elevado endividamento das famílias, o que continua impactando negativamente a percepção sobre a situação atual”, afirma Geórgia Veloso, economista do FGV IBRE.
Em outubro, a alta da confiança ocorreu em quatro dos seis principais segmentos do setor e foi influenciada exclusivamente pelas perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,2 ponto, para 87,0 pontos. O quesito que mede a avaliação sobre a situação atual dos negócios, variou negativamente em 0,1 ponto, para 86,2 pontos, indicando estabilidade após a alta do mês anterior. Na mesma direção, o indicador que avalia o volume de demanda atual recuou 2,1 pontos, para 88,1 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 3,9 pontos, para 85,9 pontos, com os quesitos que o compõem apresentando resultados na mesma direção: o indicador que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses subiu 4,7 pontos, para 84,2 pontos, e o que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou em 3,1 pontos, para 88,2 pontos.