
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE cai 0,5 ponto, para 86,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recua 0,1 ponto, para 86,3 pontos. A confiança do consumidor tem oscilado dentro de uma estreita faixa nos últimos três meses, sem sinalizar uma tendência clara de melhora ou piora da confiança, mas uma manutenção do indicador em níveis desfavoráveis. Os dados foram divulgados nesta segundda-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“No mês, a queda modesta é a combinação, por um lado, da piora das expectativas para os próximos meses e, por outro, da melhora das avaliações sobre a situação atual. Entre as faixas de renda, o resultado também é heterogêneo, com queda na confiança dos consumidores de menor e maior poder aquisitivo e alta nas demais. Destaca-se no mês, a terceira e segunda queda seguida dos indicadores de situação econômica e financeira futura dos consumidores, respectivamente. Esses resultados sugerem um quadro de cautela e preocupação com o futuro, tendo em vista, principalmente, os altos níveis de endividamento e inadimplência das famílias”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
A queda do ICC de agosto é influenciada exclusivamente pela deterioração nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) apresenta alta de 1,1 ponto, a segunda alta consecutiva, atingindo 84,5 pontos. No sentido contrário, o Índice de Expectativas (IE) recua em 1,3 ponto, para 88,1 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ISA, enquanto o indicador de situação econômica local atual recua 0,3 ponto, para 94,0 pontos, o indicador de situação financeira atual da família sobe em 2,6 pontos, para 75,4 pontos. Entre os quesitos que compõem o IE, o indicador de situação econômica local futura recua pelo terceiro mês consecutivo, agora em 2,8 pontos, para 97,7 pontos. A situação financeira futura da família recua 2,6 pontos, para 79,8, menor nível desde setembro de 2021 (78,9 pontos). Na contramão, o indicador de compras previstas de bens duráveis avança 1,3 ponto, chegando aos 88,2 pontos, maior nível desde dezembro de 2024 (91,0 pontos).