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Depoimentos sobre tentativa de golpe continuam com ex-ministro Queiroga e oficiais militares

Queiroga foi ministro da Saúde do governo Bolsonaro Marcelo Camargo/Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta segunda-feira (26) as audiências do processo que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado e uma série de crimes relacionados a um plano de golpe militar depois das eleições de 2022. Dez testemunhas de defesa do general Augusto Heleno serão ouvidas.

Entre os nomeados pelo ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), estão o general Carlos Penteado — secretário-executivo do GSI durante a invasão das sedes dos Três Poderes no 8 de Janeiro — e Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde. Ambos aturaram durante o governo de Bolsonaro.

Queiroga também será ouvido como testemunha do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. Ele foi o quarto ministro da Saúde de Bolsonaro, atuando a partir de março de 2021 até o fim do mandato do ex-presidente, em dezembro de 2022.

Testemunhas ouvidas nesta segunda:

  • Carlos José Russo Penteado;
  • Ricardo Ibsen Pennaforte de Campos;
  • Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga;
  • Antonio Carlos de Oliveira Freitas;
  • Amilton Coutinho Ramos;
  • Ivan Gonçalves;
  • Valmor Falkemberg Boelhouwer;
  • Christian Perillier Schneider;
  • Osmar Lootens Machado;
  • Asdrubal Rocha Saraiva.

Os depoimentos começaram na última segunda (19), com falas de testemunhas de acusação indicadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República). As testemunhas de defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid foram ouvidas depois, seguidas das testemunhas do deputado federal Alexandre Ramagem, Braga Netto, Augusto Heleno e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

Nesta semana, o STF ainda vai ouvir testemunhas de Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e Segurança Pública) e do ex-presidente Bolsonaro. As audiências terminam em 2 de junho.

Entenda o que acontece depois

Finalizados os depoimentos, será aberta a etapa das alegações finais, quando defesa e acusação apresentam suas manifestações por escrito no prazo de 15 dias. Em seguida, o relator marcará a data para o interrogatório dos réus. Só após isso, o julgamento será pautado.

A expectativa dentro do STF é que o caso do “núcleo crucial” seja julgado entre setembro e outubro deste ano. O processo tramita na Primeira Turma da corte, composta pelos ministros:

Cristiano Zanin (presidente da Turma);
Alexandre de Moraes (relator do caso);
Cármen Lúcia;
Flávio Dino;
Luiz Fux.

 

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Confiança do empresário do comércio registra leve alta em julho

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Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o varejo brasileiro vem retomando parte do otimismo perdido no início deste ano. Pelo quarto mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou alta, desta vez de 0,6%, na comparação com junho, já descontados os efeitos sazonais. Apesar do saldo positivo, o patamar é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (-3,1%).

Entre os três componentes que integram o Icec, o destaque do mês ficou com o que mensura a confiança nas Condições Atuais (da economia, do setor e da empresa), que cresceu 1,5% frente aos 30 dias anteriores. Já o de Expectativas, que serve de termômetro da visão sobre o futuro, recuou 0,1%, sendo a única baixa no comparativo com junho. Intenções de investimento, por sua vez, subiram 0,7%. Colocados lado a lado os resultados de agora com os do período equivalente em 2024, verificou-se que a maior retração ocorreu justamente em Condições Atuais, subindicador que caiu 6,1%, puxado pela avaliação da economia (-12,5%). O subindicador relativo às condições econômicas, mesmo com alta na variação mensal de 0,4%, segue com o pior desempenho na análise anual, de 62,3 pontos, considerando o ajuste sazonal.

“A recuperação gradual da confiança do empresário do comércio reflete um esforço do setor em se adaptar às incertezas do ambiente econômico. É fundamental que o País avance em reformas estruturantes e em medidas que promovam segurança jurídica e previsibilidade, para que o setor produtivo possa se planejar melhor”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

INVESTIMENTO

O estudo também mostrou que as intenções de investimento do empresariado melhoraram em relação há um ano: a pretensão de contratar funcionários, um dos subitens aferidos, cresceu 1,6%. Além disso, a disposição para investir na empresa pontuou 1,1% acima do mês passado. “A maior disposição para investir está ligada a um cenário de consumo mais aquecido, com os consumidores mais propensos a comprar, o que anima os empresários a reforçar seus quadros e ampliar seus negócios”, explica o economista da CNC João Marcelo Costa.

Considerando o comparativo anual por segmento do comércio, todos os nichos apresentaram algum nível de retração na confiança, sendo o varejo de bens duráveis (eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, materiais de construção e veículos) o mais afetado (-4,6%). Apesar disso, o saldo foi positivo na análise mensal geral. Entre os bens não duráveis, como supermercados, farmácias e cosméticos, a percepção atual do comércio caiu 8,4% em relação a julho de 2024, mesmo com recuperação no mês (+2,6%). O comércio de bens duráveis, por sua vez, liderou o avanço mensal (+3,3%) nas condições atuais, mas apresentou a maior retração anual nas expectativas (-5,8%).

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