
A mãe do pequeno Miguel, 9 anos, a artesã e dona de casa Michele Giacomazzi, relatou que o filho foi testemunha do ataque que vitimou o colega dele, Vitor André Kungel Gambirazzi, 9 anos, na manhã da última terça-feira, em Estação, no norte do Estado. Ela participou do protesto, ocorrido na tarde desta quarta, em frente à Escola Maria Nascimento Giacomazzi, cujo nome é de uma parente dela. Outras duas meninas, de oito anos, ficaram feridas, assim como uma professora de 34 anos.
“Cheguei aqui e não achava meu filho, disseram que ele estava no posto de saúde, que fica ao lado da escola, ele não estava. Estava com uma vizinha. Está com trauma ainda. Ele chegou em casa ainda segurando o lápis com o qual estava escrevendo na sala de aula. Ele senta em uma classe da frente, e viu alguém ser atingido no corredor. Quando pediram pra ele sair correndo, correu. Tentou correr para casa, mas não se lembrava do caminho”, contou ela.
Tanto Michele, quanto os demais pais que participaram de um protesto na tarde desta quarta-feira, em frente ao colégio, e em seguida foram para a frente da Prefeitura, acusam a administração municipal de negligência na condução do caso.
Durante a manifestação, houve momentos de tensão, como quando uma mãe adentrou à porta principal da Prefeitura e esmurrou vidraças, cobrando a presença do prefeito. Neste momento, ele estava em reunião com a Brigada Militar e a Polícia Civil na sede da secretaria Municipal da Educação, em uma sala anexa.
Quando o prefeito Geverson Zimmermann apareceu, minutos mais tarde, houve novas conversas com os pais. O chefe do Executivo repetiu o que já havia dito anteriormente à reportagem, que compreendia a situação e manifestou solidariedade às famílias, o que fez acalmar os ânimos.
Fonte: Felipe Faleiro / Correio do Povo