
Houve novo recuo no nível do Guaíba na manhã desta quarta-feira, de acordo com a régua da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre. A marca alcançada foi de 2,81 metros, reduzindo por volta de um centímetro por hora desde o amanhecer. Segue abaixo da cota de inundação, que é de três metros, porém acima da referência de alerta, de 2,30 metros.
De acordo com análise do Grupo de Pesquisas Hidrologia de Grande Escala do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (HGE/IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), divulgada nesta quarta, utilizando como referência a régua da Usina do Gasômetro, o Guaíba apresentou estabilização em níveis elevados nos últimos dias, com lenta redução nas últimas 24 horas, chegando a 3,35 metros nesta régua às 9h15min.
Os atuais cenários de previsão indicam tendência de redução nos níveis, embora mantendo-se acima de três metros nos próximos dias, observa o HGE/IPH, acrescentando que “nos últimos dias os cenários de previsão mais pessimistas não se confirmaram”. No final de junho, previsão do mesmo IPH, considerando o pior cenário, indicava que o Guaíba poderia superar a cota de inundação no Gasômetro estabelecida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), de 3,60 metros.
Agora, o instituto atualizou as previsões, indicando que “a ocorrência de vento sul pode eventualmente ocasionar pequena elevação”, e que há indicação de níveis abaixo da cota de alerta na semana que vem. A previsão mais recente indica que esta marca pode ser atingida somente em um eventual repique nesta quinta-feira e por breves momentos, conforme o modelo meteorológico europeu, combinado ao vento.
O IPH ainda recomendou atenção nas áreas mais baixas e para as orientações da Defesa Civil. Na orla do Guaíba, houve leve recuo do nível na comparação com os últimos dias, mas não foi visualizado recolhimento de resíduos orgânicos, algo frequente nas demais datas desta semana. Algumas pessoas aproveitavam também para fotografar a alta vazão do principal curso d’água da Capital.
Fonte: Felipe Faleiro/Correio do Povo