
A sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre seguiu com clima tenso nesta quarta-feira. Isso porque em função da presença de manifestantes contra a votação do projeto de concessão parcial do Dmae houve confronto com a segurança da Casa. Foram usadas bombas de borracha e spray de pimenta contra grupos.
Antes do confronto
Os manifestantes foram levados ao Legislativo em virtude do projeto de concessão do Dmae, que foi pela primeira vez incluído na ordem do dia. O tumulto se deu justamente no dia do protocolo da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 por parte do prefeito Sebastião Melo (MDB).
Na entrada da casa legislativa, inúmeros manifestantes seguravam cartazes e bradavam contra a proposição. Estes, no entanto, foram parcialmente vetados de entrarem na Câmara em virtude de um protocolo de segurança acionado pela Presidência. A medida foi motivo de polêmica.
A oposição, respaldada pelos manifestantes, acusou a Presidência de tomar atitudes ditas anti-democráticas. “Essa deveria ser a casa do povo”, contestaram alguns dos vereadores (da oposição) presentes. A Presidência, por outro lado, afirmou estar seguindo um protocolo do regimento interno à procura de respeitar o PPCI do estabelecimento.
A discussão continuou no plenário. “Libera”, foi o grito entoado pela parte dos protestantes que conseguiu ocupar as galerias. Entre os parlamentares, o debate sobre a entrada (ou não) dos cidadãos na Casa tornou-se o foco.
“Estamos falando de idosos e crianças que estão no sol escaldantes”, argumentou Jonas Reis (PT), líder da oposição. Giovane Byl (Podemos) respaldou a crítica do colega e reforçou o pedido, mesmo sendo um vereador da base.
Já Tiago Albrecht (Novo) trouxe um ponto divergente. “Estamos em uma democracia representativa. Os mandatos dos vereadores aqui presentes representam o povo de Porto Alegre dentro da Casa”.
Concomitantemente, os não governistas continuaram estimulando o público do plenário e pedindo o adiamento da deliberação da proposta de concessão do saneamento básico.
*Em seguida mais informações
Fonte: Rodrigo Stolzmann / Correio do Povo
*Supervisão Mauren Xavier