
A rotina de autocuidado já faz parte do dia a dia do brasileiro, em práticas que vão desde atenção com a pele até rituais voltados ao bem-estar emocional. Essa tendência é confirmada pelo novo estudo da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados especializado na gestão da cadeia de consumo, que aponta a estabilidade no gasto médio com itens de higiene e beleza ao longo do primeiro semestre de 2025. Segundo levantamento da Neogrid, o ano começou com um cenário de maior contenção, com fevereiro registrando o menor tíquete médio do semestre (R$ 43,07).
Em contraste, abril concentrou os maiores gastos, atingindo o pico de R$ 48,05. Já em junho, o gasto médio por compra totalizou R$ 45,45. As pequenas oscilações revelam uma tendência de estabilidade, indicando que o consumidor tem mantido um padrão consistente de investimento em higiene e beleza.Esse movimento é reforçado pela pesquisa do Grupo MedSystems, que aponta que 97% dos brasileiros que experimentaram tratamentos de pele pretendem manter o hábito. A análise da Neogrid também revela a presença consistente dos itens de higiene e beleza nas compras mensais dos consumidores. Os dados sinalizam uma adesão duradoura ao autocuidado, mantendo uma participação acima dos 22% no volume total de compras dos brasileiros.
“Podemos observar uma constância no comportamento de compra ao longo do semestre, o que reforça a presença consolidada do autocuidado na rotina do brasileiro. O consumidor tem mantido seu nível de investimento em higiene e beleza, e isso se reflete também na participação estável desses itens no carrinho, sinalizando um compromisso contínuo com o bem-estar”, destaca Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid.
ALTA E QUEDA DE PREÇO
O monitoramento da Neogrid também identificou as categorias com maiores oscilações de preços no primeiro semestre do ano. Das nove categorias analisadas, oito encerraram o período com valores acima dos registrados em janeiro. O destaque foi para o segmento de produtos anti-idade, que apresentou a maior alta, com aumento de 28,2%. Em seguida, aparecem os hidratantes corporais maternos, com 16,5%, e os protetores solares, que subiram 16,1%. Óleos corporais tiveram reajuste de 8,6%, enquanto os sais de banho subiram 8,8%. Hidratantes faciais e itens para hidratação e tratamento capilar registraram aumento semelhante de 6,9% cada, enquanto o sabonete líquido teve leve alta, de 0,8%. Por outro lado, itens de limpeza facial – que incluem géis, máscaras e sabonetes específicos – caíram 6,5%.
O estudo mostra que os consumidores de produtos de autocuidado tendem a montar carrinhos mais completos. Entre os compradores de cremes para pele, 55% levam também sabonete (frente a 9,4% do shopper médio), além de alta incidência de creme dental, desodorante e papel higiênico. O mesmo padrão é observado entre consumidores de produtos para rosto e olhos, assim como em tratamentos capilares, reforçando oportunidades de cross-selling no varejo.