Até 10h desta quarta-feira (20), os brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em tributos desde o começo do ano. Valor foi registrada pelo Impostômetro da ACDP (Associação Comercial de São Paulo) e representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos aos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária.
Neste ano, a marca foi alcançada mais cedo que em 2024, quando os R$ 2,5 trilhões foram pagos 23 dias depois. O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, afirma que o aumento da arrecadação aconteceu por diversos fatores, como o aquecimento da atividade econômica.
“A inflação também desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é majoritariamente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”, explica.
IOF
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de restabelecer um decreto do governo que alterou alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) manteve mudanças que atingem operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos em fundos.
Moraes decidiu validar o Decreto 12.499/2025, revogando apenas as alterações que governo tinha sugerido na cobrança do imposto em operações de “risco sacado”. Essa operação consiste no adiantamento de um valor a uma empresa, neste caso um fornecedor, antecipando um pagamento da compradora, um varejista, por exemplo, que seria feito a prazo.
Dessa forma, outros pontos da norma, que impactam cooperativas de crédito, empresas que operam no comércio exterior, seguradoras e investidores, já estão em vigor, visto que Moraes determinou que os efeitos do decreto tenham validade a partir da data em que ele foi publicado, em 11 de junho.
(*) com R7