
O Banco Central divulgou nesta quinta-feira, 18, seu Relatório de Política Monetária divulgado com melhora na projeção de crescimento econômico em 2025 a 2,3%, comparado com 2,0% estimado em setembro. Para 2026, a previsão de crescimento saiu de 1,5% para 1,6%. O Ministério da Fazenda previu em novembro uma expansão de 2,2% para o PIB de 2025, com alta de 2,4% no ano que vem.
“A projeção para os setores menos cíclicos foi elevada, refletindo, principalmente, revisões altistas na agropecuária e na indústria extrativa, parcialmente compensadas pela redução na previsão para serviços de intermediação financeira”, diz o documento.
No documento, o BC elevou de US$70 bilhões para US$75 bilhões a perspectiva para os Investimentos Diretos no País (IDP) em 2025. Para a autoridade monetária, a balança comercial terminará o período com um superávit de US$52 bilhões neste ano, ante estimativa de US$54 bilhões feita em setembro. A despesa líquida com viagens foi estimada em US$14 bilhões, mesma projeção feita em setembro.
Para 2026, a autarquia prevê um déficit de US$60 bilhões nas transações correntes (US$58 bilhões antes), com US$70 bilhões em IDP (US$70 bilhões antes) e superávit de US$64 bilhões na balança comercial (US$61 bilhões antes). A despesa líquida com viagens no próximo ano foi estimada em US$13 bilhões (US$13 bilhões antes).
O documento estima ainda um crescimento do crédito no país de 9,4% este ano diante de 8,8% feita em setembro, prevendo um ritmo de alta de 8,6% em 2026, contra 8,0% previstos antes. Agora, a expectativa é que o crédito às famílias tenha uma alta para 10,4% em 2025, contra expectativa anterior de 9,4%. Para as empresas, a alta foi calculada em 8,0%, mesmo nível do último relatório.
Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 8,1% em 2025 (+8,4% antes). Para o crédito direcionado, a perspectiva é de alta de 11,3% (+9,5% antes). Em 2026, a autoridade monetária vê uma alta de 7,8% no crédito livre (7,7% antes) e de 9,7% no crédito direcionado (8,3% anterior).