
O setor produtivo brasileiro continua em sua estratégia de procurar soluções para a crise instalada com a taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil. A ideia é ganhar mais prazo para as negociações com o governo norte-americano. Por aqui, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul participa, nesta quarta-feira, 16, da audiência pública da Comissão de Economia da Assembleia Legislativa onde fará uma exposição do cenário industrial gaúcho caso persista a taxação.
Na reunião feita com sindicatos associados nesta terça-feira, a Fiergs formalizou uma posição unificada com medidas para mitigar os efeitos da decisão. O setor pede a manutenção da tarifa em 10%, assegurando isonomia com países vizinhos e preservando a competitividade das exportações brasileiras, assim como a prorrogação por 90 dias do início da vigência da tarifa anunciada, permitindo um período de adaptação e negociação.
Além disso, a manutenção das atuais tarifas para mercadorias embarcadas até a data de vigência de eventual alteração, com a mobilização das indústrias exportadoras brasileiras acionando os seus parceiros comerciais nos EUA para sensibilizar o governo americano, buscando um desfecho favorável. De parte do governo, entendem que é necessária a adoção de medidas emergenciais, como linhas de financiamento, programas similares ao Reintegra, redução de jornada e salário, suspensão temporária de contratos, FGTS e recolhimentos previdenciários.